MotoGP, Jack Miller: “Devo muito ao Cal (Crutchlow) no MotoGP”

Por a 26 Julho 2022 20:22

A vida de um piloto de motociclismo, vai muito mais para além dos seus resultados ou do seu desempenho nas corridas. Cada um tem a sua história própria, um lado humano que muitas vezes nos passa ao lado. Jack Miller passou por uma fase difícil, quando ‘saltou’ da Moto3 para o MotoGP, e Cal Crutchlow foi o seu ‘anjo da guarda’ na altura.

Jack Miller tem 27 anos, é natural de Townsville (Austrália) e tem 3 vitórias em MotoGP. Ascendeu à categoria maior em 2016 com a Honda, antes de entrar na Pramac e depois subiu à equipa oficial da Ducati onde está hoje. Portanto, esqueçam Darryn Binder porque quem deu primeiro o salto direto da Moto3 para a MotoGP foi precisamente o australiano, que na altura não pôde recusar uma oferta da Honda. Mas, já na categoria rainha, Miller confessa que teve de mudar de mentalidade e treinar como um verdadeiro profissional. Esse impulso para a mudança deve-se segundo ele a Cal Crutchlow, o seu companheiro de equipa na altura na LCR Honda.

“Em apenas uma temporada percebi que não poderia seguir no meu anterior estilo de vida – confessou Miller à Speedweek – O MotoGP é um ‘trabalho a tempo inteiro’ e, na altura, tive a sorte de ter encontrado um companheiro de equipa como o Cal que treinava muito e ajudou-me muito nessa área. Ele é um piloto profissional de pleno direito e fez-me entender absolutamente que teria de investir no meu treino se queria ter sucesso no MotoGP.”

O australiano imediatamente começou a trabalhar duramente, tanto que agora admite: “Se olhar para trás, vendo o estado em que estava em 2015 e como estou em forma agora, estou convencido de que sou um dos pilotos mais aptos da grelha. Não quero fingir que gosto do meu treino, porque na verdade ninguém gosta, quase sempre. É aborrecido e dá muito trabalho”.

Adquirir uma grande resistência é um dos resultados com que se fica com um treino consistente e intenso. Será que foi isso que ganhou Miller?

“Pensem no Grande Prémio de Sachsenring. Com 36 graus essa foi talvez uma das corridas mais cansativas da minha carreira” – exemplificou o australiano. Altas temperaturas, supõem uma maior resistência dos atletas, mas Miller diz ter-se sentido “bem de A a Z. E se temos sucesso numa corrida tão quente como nessa corrida na Alemanha, isso significa que estamos bem preparado para todas as outras competições”.

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Ricardo Ferreira
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