MotoGP, Itália, Corrida: Francesco Bagnaia vence em Mugello

Por a 29 Maio 2022 13:44

Francesco Bagnaia (Ducati Lenovo Team) conquistou a vitória na corrida do GP de Itália em MotoGP, depois de recuperar várias posições nas primeira metade da prova. Fabio Quartararo (Monster Energy Yamaha MotoGP) tentou pressionar o adversário italiano da Ducati nas voltas finais, mas teve de se contentar com o segundo lugar da classificação e defendo a liderança do campeonato.
Aleix Espargaró (Aprilia Racing) teve uma corrida de paciência, para arrecadar mais um pódio, o quarto consecutivo do piloto da Aprilia e não perdeu muitos pontos para Quartararo no campeonato, mantendo-se na luta pelo t´título.
Johann Zarco (Pramac Racing) conquistou o quarto posto e Marco Bezzecchi (Mooney VR46 Racing Team), que arrancou da primeira fila da grelha de partida, fechou os cinco primeiros.
Miguel Oliveira (Red Bull KTM Factory Racing) terminou no nono posto, terminando a corrida na discussão pelo oitavo lugar com Takaaki Nakagami (LCR Honda).

Pela primeira vez desde 2016, a primeira fila da grelha de partida do MotoGP foi composta por pilotos italianos e com a curiosidade de dois rookies na primeira e segunda posições. Fabio Di Giannantonio (Gresini Racing MotoGP) conquistou a pole position, seguido de Marco Bezzecchi (Mooney VR46 Racing Team) e Luca Marini (Mooney VR46 Racing Team).
Fabio Quartararo (Monster Energy Yamaha MotoGP) foi o melhor piloto ‘não-Ducati’ na grelha, no sexto posto.

Destaques:
Grande resposta de “Pecco” Bagnaia depois da queda e abandono na ronda anterior em Le Mans. À semelhança do que aconteceu no ano passado, falta alguma sorte ao italiano em algumas corridas para conseguir estar na luta pelo campeonato. De novo, Bagnaia foi o melhor da Ducati, deixando Jack Miller – que deverá “roubar” o lugar de Miguel Oliveira na KTM – muito para trás e fora do top 10.
Fabio Quartararo está a pensar na revalidação do título mundial, mas hoje queria tentar ultrapassar Bagnaia, mas o italiano respondeu sempre da melhor forma. O piloto da Yamaha saiu do sexto posto e foi o melhor ‘não-Ducati’ na qualificação e voltou a ser muito forte na corrida. Perdeu algum tempo, possivelmente precioso na tentativa de chegar ao primeiro lugar, na luta com os pilotos da Mooney VR46 Racing Team. 
Aleix Espargaró foi muito paciente na corrida e não tendo uma moto tão capaz como as Ducati e da Yamaha, conseguiu perder poucos pontos no campeonato com a conquista do quarto pódio consecutivo. Não seria esperado no início do ano que Espargaró pudesse estar a lutar com Quartararo pelo primeiro posto no campeonato.
Grande fim de semana dos pilotos da Mooney VR46 Racing Team, que ao contrário do que aconteceu com Fabio Di Giannantonio (Gresini Racing MotoGP), não perderam o comboio dos primeiros lugares. Marco Bezzecchi esteve mais forte na corrida do que Luca Marini, mas é de destacar a corrida destes dois pilotos.
Uma resposta à altura de Miguel Oliveira, que infelizmente não terá lugar na equipa oficial da KTM na próxima época. O piloto português saltou na primeira volta para posições próximas do top 10, mas em corrida o seu ritmo foi muito bom. Perdeu a posição para Takaaki Nakagami, mas tentou responder nas voltas finais. O top 10 nunca pareceu estar em risco, e do pouco que a moto oferece, conseguiu um bom resultado.

Filme da corrida:
Luca Marini passou a liderar o pelotão depois das escaramuças das primeiras voltas, deixando Fabio Di Giannantonio no segundo posto e Marco Bezzecchi no terceiro posto. Miguel Oliveira (Red Bull KTM Factory Racing) esteve ao ataque na primeira volta, subindo ao 12º posto. 
Os dois pilotos da Mooney VR46 Racing Team passaram a liderar a corrida e ganharam alguma vantagem para os demais, mas com Bezzecchi na frente de Marini. Di Giannantonio  foi apanhado por Quartararo Francesco Bagnaia (Ducati Lenovo Team) e Aleix Espargaró (Aprilia Racing). 
Não demorou muito para que Fabio Quartararo subisse ao terceiro lugar por troca com Di Giannantonio e foi na perseguição dos homens da Mooney VR46. Na volta 4, Quartararo ultrapassou Marini, mas Bezzecchi conseguiu “fugir” aos perseguidores com a luta entre o campeão do mundo de 2021 e o seu companheiro de equipa.
Faltavam 19 voltas para o final da corrida de Mugello, quando Pol Espargaró (Repsol Honda Team) caiu e desistiu. Miguel Oliveira era já 11º classificado, com Marc Márquez (Repsol Honda Team) à sua frente. 
Verdadeiramente endiabrado estava Bagnaia, que depois de “despachar” Di Giannantonio, ultrapassou Marini e colocou-se na traseira da Yamaha de Quartararo. O piloto italiano da Ducati, com alguma facilidade, subiu mais uma posição, deixando o piloto da Yamaha no terceiro posto. Mais atrás, Marini perdeu nova posição, desta vez para Aleix Espargaró, conseguindo depois recuperar a posição.
Na volta 7 das 23 do GP de Itália, Oliveira ultrapassou Márquez e ascendeu ao 10º posto. Nessa altura, Joan Mir (Team Suzuki Ecstar) caiu e voltou a abandonar uma prova, pela segunda vez consecutiva. O companheiro de equipa de Mir, Álex Rins (Team Suzuki Ecstar), pouco tempo depois da queda de Mir, também caiu e abandonou a prova italiana. 
Na frente, e com 15 voltas para o final, Bagnaia estava mais forte que Bezzecchi e colocou-se na liderança do pelotão, tentando escapar aos seus adversários. 
Di Giannantonio afundou-se mais na classificação e foi ultrapassado por Brad Binder (Red Bull KTM Factory Racing) e depois por Miguel Oliveira, passando o português a ser o 9º classificado. 
Fabio Quartararo não quis deixar escapar Bagnaia e ultrapassou Bezzecchi, que tentou responder mas perdeu a posição para o seu companheiro de equipa, Luca Marini. Aleix Espargaró, que era o quinto classificado, aproveitou as lutas à sua frente para se juntar ao ‘mini pelotão’ composto por Quartararo, Marini e Bezzecchi. Mais atrás seguiam Johann Zarco (Pramac Racing), Enea Bastianini (Gresini Racing MotoGP), Brad Binder e Miguel Oliveira. 
Com um ritmo intenso, Bezzecchi voltou a recuperar Marini pelo terceiro lugar, enquanto Bastianini ultrapassou Zarco e os dois conseguiram colocar-se longe dos pilotos da KTM que seguiam atrás, juntando-se à traseira da Aprilia de Espargaró. As discussões pelas posições aumentavam quando Bastianini perdeu o controlo da sua moto e caiu, passando Binder para o sétimo posto e Oliveira no oitavo lugar. 
A menos de 10 voltas para o fim da corrida, Bagnaia tinha já 1.2s para Quartararo e os restantes adversários. 
Luca Marini, depois de perder a posição para Aleix Espargaró, foi ultrapassado por Johann Zarco na reta da meta, mas devolveu a manobra na travagem para a curva 1 e recuperou o quinto lugar. 
Faltavam oito voltas para a última passagem pela linha de meta quando Oliveira perdeu a posição para um mais rápido Takaaki Nakagami (LCR Honda), ficando com Di Giannantonio na sua traseira. 
Na frente, Espargaró aproveitou um erro de Bezzecchi e ascendeu ao último posto de acesso ao pódio. 
Os dois principais protagonistas da época passada estavam mais próximos de entrarem num duelo nas voltas finais pela liderança do pelotão, com Quartararo a recuperar tempo a Bagnaia.
Até final da corrida, Bagnaia conseguiu responder sempre à recuperação de terreno por parte de Quartararo, deixando para trás a má sorte que costumava ter em Mugello. Após a queda em Le Mans, Bagnaia respondeu e venceu em “casa”.
Oliveira tentou pressionar nas últimas voltas Nakagami, mas o japonês aguentou o oitavo posto, não deixando qualquer espaço ao português para tentar ultrapassar. 
Jorge Martín, que terminou no 13º lugar, bateu o recorde de velocidade com o registo de 363,3 km/h.

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Pedro Andre Mendes
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