Para a MotoGP, o cenário estava mais favorável em termos das condições em pista, com o traçado seco praticamente pela primeira vez. A tensão era palpável, especialmente no campo da KTM que anunciou aqui um maior foco na MotoGP a partir de agora.
Do lado de Miguel Oliveira, no seu melhor lugar desde que participa na MotoGP, a escolha de pneus, mantida secreta, era crítica, e Oliveira declarou já na grelha que com a pista seca, toda a afinação da moto era de molde a permitir-lhe melhor desempenho nas últimas voltas.
No arranque, Márquez e Dovizioso tentam tanto chegar à frente que se atrapalham mutuamente e é Quartararo a liderar com Miller segundo. Miguel Oliveira, apretado é apenas 15º atrás de Rabat e Morbidelli, mas fará uma corrida em ascensão a partir dai:
Primeiro, Pol Espargaró reduz andamento com uma aparente avaria na sua KTM e Crutchlow atrapalha-se e cai.
Com Dovizioso a fazer a volta mais rápida, Márquez começa a atacar passando Miller para segundo, e Oliveira, que ultrapassa Morbidelli e Rabat, é já 12º.
Syahrin cai da trás da corrida, e Dovizioso passa Quartararo, logo seguido de Márquez apesar da tentativa de resistência do francês.
Com Rossi também em ascensão a ascender a 5º atrás de Miller, à frente a corrida parece resumida ao duelo Ducati-Honda entre Dovi e Márquez.
Miller cai de 4º a tentar aguentar Rossi, e Márquez começa a tentar ultrapassar Dovizioso, conseguindo-o numa direita rápida, achando-se Miguel Oliveira, mais atrás, num inédito 9º atrás de Nakagami e a rodar no mesmo segundo da frente, mas com o perigo Petrucci atrás do português.
Viñales luta com Rins atrás de Rossi, sendo os mais rápidos em pista à 9ª volta…
Oliveira aguenta Petrucci atrás de si e aproxima-se de Nakagami a bom ritmo, mas o Japonês comete um erro e baixa para 11º, elevando Oliveira para 8º…
Nada muda até à volta 20, quando Rabat cai de 12º, e Oliveira roda a 1,2 segundos de Bagnaia…
A 3 voltas do final, Oliveira e Bagnaia ainda estão separados por 7/10 de segundo, com o Português ligeiramente mais rápido do que o homem que o batera para o título de Moto2 o ano passado.
Márquez e Dovizioso trocam de posição quase a cada curva, longe do trio de Yamahas de Quartararo, Rossi e Viñales a seguir… Márquez parece forçar o ritmo e afasta-se 0,290 de Dovizioso quando entramos na última volta…
Oliveira parece estar a fazer uma tentativa desesperada de ultrapassar Bagnaia, está colado ao Italiano da Pramac, e acaba assim em oitavo, o seu melhor resultado da época, que o eleva 3 lugares no Campeonato!
À frente, a Ducati apanha a Honda nas retas, mas o ligeiro alargamento à saída permite ao espanhol manter-se à frente… até que na última curva Dovizioso tem as coisas controladas, e passa Márquez para ganhar, numa manobra semelhante à de 2017!