MotoGP: Crise da Suzuki continua
Novo Grande Prémio e novamente muitas dificuldades para a Suzuki, que teima em não acertar o passo nesta temporada. Desta feita no GP de França, Andrea Iannone não foi além de um discreto 10º lugar, enquanto o regressado Sylvain Guintoli, que substitui o lesionado Álex Rins, quedou-se pelo 15º posto. Isto já depois de na qualificação nenhum dos dois pilotos ter conseguido o apuramento para a Q2, fase decisiva da qualificação, algo que aconteceu pela primeira vez esta época.
Perante exibições tão pálidas – o melhor resultado até ao momento é o sétimo lugar de Iannone no GP das Américas – os alarmes soaram na insígnia de Hamamatsu. O chefe de equipa, Davide Brivio, já veio a público dizer que a GSX-RR versão 2017 não é tão má como parece, mas o seu pupilo, Andrea Iannone continua a criticar a moto nipónica. Se um por lado já disse que esta tem falta de velocidade de ponta agora afirmou que é difícil realizar ultrapassagens com a moto que tem em mãos, facto que obviamente não está dissociado à menor velocidade. A isto juntam-se problemas de aderência.
Um ‘cocktail’ explosivo que está a deixar numa situação complicado toda a estrutura da Suzuki, que rapidamente tem de fazer algo para inverter o rumo dos acontecimentos. Após cinco Grandes Prémios a equipa comandada por Davide Brivio tem apenas 22 pontos obtidos pelo que é bem notório que o fosso para Honda, Yamaha e Ducati aumentou quando nada o fazia prever.
Outra nota que está contribuir para este desastre é o facto dos pilotos escolhidos para substituir Álex Rins, Takuya Tsuda e Sylvain Guintoli, pouco ou nada terem acrescentado em termos de performance, o que acaba por ser natural pois não estão diretamente ligados ao MotoGP e às suas exigências competitivas.
Uma crise que se vive na Suzuki, mas que como diz a cultura oriental não é mais do que uma oportunidade para construir algo de positivo.