MotoGP, Corrida de Miguel Oliveira, até à queda, mascarou mau desempenho da moto

Por a 7 Novembro 2021 16:22

O regresso de Miguel Oliveira ao traçado do Autódromo Internacional do Algarve não correu da melhor forma. Se o piloto da KTM sentiu dificuldades com a sua mota nos treinos, aliás problemas partilhados com o seu companheiro de equipa Brad Binder, a qualificação definiu que Oliveira teria muito trabalho para chegar ao top 10 na corrida. 

Nos quatro treinos livres do GP do Algarve, Oliveira esteve longe dos melhores tempos das sessões e depois de não ter conseguido apurar-se para a Q2 com os tempos no treino, na primeira parte da qualificação não foi além do 7º tempo, 17º lugar da grelha de partida para a corrida, levando-o a afirmar que “encontrámos mais velocidade e ritmo de corrida mas não o suficiente.”

Os pilotos da Tech3, equipa privada onde militou Miguel Oliveira em 2020 e com a qual conseguiu a vitória em Portimão no mesmo ano, ficaram à frente de ambos os pilotos da equipa de fábrica da KTM. “Precisamos de recolher informação e ver também o que os pilotos da Tech3 fizeram. Precisamos analisar e ver que especificações na moto poderemos utilizar”, explicou o piloto luso. 

Com todas as dificuldades sentidas nos treinos e na qualificação, Oliveira teve um arranque fortíssimo para a corrida. Saiu do 17º lugar e saltou logo para perto dos dez primeiros. Demorou poucas voltas para assumir o 10º posto e chegou a rodar em 9º. Esteve muito tempo atrás de Pol Espargaro, até que perdeu o contacto com o piloto da Honda e mais tarde foi ultrapassado por Enea Bastianini. 

O pior ainda estava para vir. Iker Lecuona, que tinha rodado alguns lugares à frente de Oliveira até errar na curva 1 e perder várias posições, quis ultrapassar o piloto português, mas um toque entre ambos deitou por terra ambos. Miguel Oliveira perdeu os sentidos durante alguns segundos e foi retirado de maca da caixa de gravilha onde ficou caído. Recuperou os sentidos, mas mesmo assim foi enviado para o centro médico para avaliação e mais tarde para o Hospital do Alvor, onde será reavaliado. 
Foi um final de GP do Algarve dramático para o piloto de Almada e para os muitos espetadores que o apoiaram no AIA.

Desde o regresso das férias de verão, Oliveira passou por um momento de desempenhos menos bons, com a queda na Áustria e consequente lesão no pulso a não ajudarem. Em Misano, Oliveira estava de novo nos lugares cimeiros da classificação, quando perdeu o controlo da KTM e abandonou a corrida também perto do final. 

Resta esperar que não hajam consequências físicas graves para o piloto – tudo indica que não – e que possa terminar a época com um resultado que faça esquecer esta fase menos boa do português. 

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Pedro Andre Mendes
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