MotoGP, Construtor a construtor: primeiro dia dos testes de Mandalika

Por a 11 Fevereiro 2022 16:08

O primeiro dia dos testes de pré-temporada em Mandalika terminou com seis construtores nos seis primeiros lugares, mas começou com condições traiçoeiras. A chuva na noite anterior levou a que as bandeiras vermelhas fossem ativadas durante a manhã, para uma operação de limpeza da pista. Com o decorrer o dia, a pista tornou-se mais rápida. Na última meia hora, caiu chuva ligeira, e já não foi possível melhorar mais os tempos. Aqui fica o resumo do dia, construtor a construtor.

Honda – Devido ao facto de esta ser uma pista nova para os pilotos, não há muito a falar em termos de atualizações nas motos. Depois de correr brevemente com um RC213V de 2021 em Sepang, Marc Márquez correu apenas com a moto de 2022 nesta sessão. Pol Espargaró, que fez a volta mais rápida do dia, completou 69 voltas, terminando nove décimos à frente do Honda que se seguiu, que foi Takaaki Nakagami (11.º). O japonês foi um dos pilotos que caiu na curva 10 no primeiro dia, numa altura em que estava a fazer a sua melhor volta. Nakagami terminou aí o seu dia, mas não se lesionou. Os irmãos Márquez fizeram mais de 60 voltas cada um, com Álex a terminar a 1.2 segundos de Espargaró e Marc a 1.3. O número 93 descreveu este como um “bom dia”, apesar das condições imprevisíveis, mas continua a gerir a sua condição antes de mais dois dias de testes.

Aprilia – O foco principal da fábrica de Noale tem sido o chassis. Aleix Espargaró e Maverick Viñales já tinham sido rápidos em Sepang e continuam a sê-lo em Mandalika. Espargaró ficou quatro décimos atrás do seu irmão na tabela de tempos (segundo classificado), com Viñales em sétimo, com 1:33.147. Viñales fez 56 voltas numa moto que vai conhecendo melhor.

KTM – Brad Binder terminou o dia no terceiro lugar da tabela de tempos, saltando para essa posição na última fase da sessão, tendo sido penúltimo antes disso. O sul-africano terminou a seis milésimos de Aleix Espargaró e foi o último a entrar na casa do 1:32 minutos. Miguel Oliveira fez a sua melhor volta em 1:33.748, mesmo à frente de Marc Márquez. Binder fez 64 voltas, Oliveira 71. Quanto à Tech3, Raúl Fernández foi o primeiro a voltar à pista depois da bandeira vermelha, querendo estar na pista o máximo de tempo possível, fazendo a melhor volta em 1:33.966. Em condições difíceis, a tarefa era ainda mais árdua para os estreantes. Quanto a Remy Gardner, que continua a lidar com dores no pulso, foi 24.º.

Suzuki – Apesar de estarem num circuito novo, Álex Rins e Joan Mir continuaram o bom desempenho de Sepang, com Rins a ser quarto, a menos de seis décimos do topo, e com 72 voltas feitas. Já Mir foi oitavo, a 778 milésimos do primeiro lugar, efetuando 58 voltas. Frankie Carchedi, chefe de equipa de Joan Mir, repetiu a ideia que já tinha sido deixada por Shinichi Sahara em Sepang: foram feitas “melhorias significativas” na fábrica de Hamamatsu.

Yamaha – O campeão mundial Fabio Quartararo foi o YZR-M1 mais rápido no primeiro dia, com o francês a ser quinto na tabela de tempos. Quartararo completou 86 voltas, apenas superado por um piloto nesse registo. Já Franco Morbidelli fez 75 voltas e foi 12.º, ganhando mais algum tempo na moto de 2022. Andrea Dovizioso (RNF) fez 57 voltas, com a melhor a fixar-se em 1:33.245, colocando o italiano em nono. O rookie Darryn Binder melhorou o seu tempo quando as condições se tornaram mais favoráveis, ficando a dois segundos do primeiro lugar, com 58 voltas efetuadas.

Ducati – Foi Jack Miller o piloto da Ducati mais rápido no primeiro dia, com o australiano em sexto, mas a apenas seis milésimos de Quartararo. Miller até chegou a liderar, até que outros pilotos o ultrapassaram na tabela. O único outro Ducati no top-10 foi Jorge Martín (Pramac), com um décimo lugar, apesar de uma queda. Johann Zarco foi 13.º e foi também o piloto que fez mais voltas: 96. A um décimo de Zarco ficou o primeiro rookie, Fabio Di Giannantonio (Gresini), que também caiu, lembrando que o italiano falhou dois dias do shakedown devido a doença. O rookie mais rápido de Sepang, Marco Bezzecchi (VR46), foi 21.º e caiu um par de vezes, mas terminou a sessão a oito milésimos do colega de equipa Luca Marini. Surpreendentemente em baixo na tabela ficaram Enea Bastianini, 18.º, e Francesco Bagnaia, 22.º, que caiu e foi o último classificado dos não-rookies. É de esperar mais do vice-campeão mundial nos próximos dias.

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