MotoGP: Como funcionaria o sistema de superlicença nas motos

Por a 11 Novembro 2021 12:34

No final do Grande Prémio do Algarve, Francesco Bagnaia defendeu a adoção de um sistema de superlicença para o MotoGP, semelhante àquele que é utilizado na Fórmula 1. Tudo isto devido ao incidente que aconteceu em Moto3, onde Darryn Binder (que vai estar no MotoGP no próximo ano) derrubou Dennis Foggia, permitindo a Pedro Acosta sagrar-se campeão.

Para ser piloto de Fórmula 1, é preciso cumprir alguns requisitos. É preciso ter mais de 18 anos, algo que já está garantido no MotoGP para 2023. É preciso ter uma licença de corrida, para além de ser necessário completar um teste teórico. Mas mais importante do que isso, tem de se completar 80% de duas épocas em carros de corrida, e tem de se conquistar pelo menos 40 pontos na licença, com os pontos a serem atribuídos dependendo da classificação dos pilotos nesses campeonatos, totalizados nas três épocas anteriores. A ideia seria introduzir algo semelhante no MotoGP.

Esta ideia tem os seus prós e contras, como conta o The Race, e os contras foram levantados por Franco Morbidelli, que disse que este sistema provavelmente exclui o talento que progride rapidamente nas categorias inferiores. Por exemplo, se esse sistema vigorasse, Fabio Quartararo e Jack Miller não reuniriam os mínimos para subir à classe principal. Quartararo só teria um ponto no final de 2018, embora já tivesse experiência de Moto3 e Moto2.

Já Miller, o único outro piloto para além de Darryn Binder a saltar diretamente do Moto3 para o MotoGP, teria 23 pontos (na altura, talvez o suficiente para precisar de um ano no Moto2). E o dilema é esse: de modo a aumentar a segurança, talvez seja preciso fazer esperar pilotos com maior qualidade.

5 1 vote
Article Rating
Subscribe
Notify of
This site uses User Verification plugin to reduce spam. See how your comment data is processed.
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
0
Would love your thoughts, please comment.x