MotoGP, Casey Stoner: “O Márquez é que decide, se sai ou fica”

Por a 22 Julho 2023 21:58

Casey Stoner falou pela primeira vez sobre a situação atual de Marc Márquez, o seu sucessor na Honda.

Casey Stoner venceu o segundo dos seus dois campeonatos de MotoGP com a Honda em 2011, antes de terminar em terceiro na sua última temporada com a fábrica japonesa um ano depois. A sua saída abriu caminho para Márquez entrar na categoria rainha e ganhar imediatamente o primeiro dos seus seis campeonatos de MotoGP.

Mas agora, no ponto mais baixo da equipa (Repsol Honda), Marc parece estar num impasse, entre honrar os compromissos com a Honda, ou sair para uma equipa mais competitiva.

“Para mim, depende dos compromissos que a Honda faz com o Marc”, disse Stoner à  Speedweek. “E até onde eles estão dispostos a ir para fazer concessões por ele, mas é difícil dizer o que a Honda fará por ele. Tudo depende do Márquez, que tem que decidir se quer continuar com a Honda ou se quer ir para outro fabricante. É impossível para quem está de fora, saber a solução certa.”

A KTM é a opção alternativa mais favorável no momento, uma vez que Marc Márquez tem a Red Bull como principal patrocinador, tal como a marca austríaca que tem a confessa ambição de aumentar a quantidade de motos no grelha de 2024. No entanto, pelo menos até agora, não existe qualquer sinal de que a KTM queira contratar Marquez.

Stoner falou ainda sobre o equilíbrio de poder no MotoGP, pendente para o lado das fábricas da Europa e cada vez mais distante do Japão. “Entendo por que os fabricantes japoneses mostram menos comprometimento do que os europeus. No ano passado o Fabio Quartararo perdeu o campeonato por pouco. Eles fizeram de tudo para conquistar o segundo título consecutivo, porque agora a Yamaha seria a atual campeã mundial. Acho que o domínio da Ducati no final da temporada passada abalou e desmotivou muito a Yamaha. Nestas circunstâncias, também é difícil para um fabricante encontrar motivação novamente, uma vez que o equilíbrio de poder é distribuído de forma desigual.”

“A Honda e Yamaha devem ser sempre lembradas, pois sempre encontram o caminho de volta ao topo no final.” Concluiu o australiano que foi bicampeão mundial com motos dos ‘dois hemisférios’, da Ducati e Honda – algo que nem o 9 vezes campeão mundial Valentino Rossi conseguiu.

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Ricardo Ferreira
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