MotoGP, Carmelo Ezpeleta: “Estamos a perder dinheiro com as corridas na Europa”
Com 21 rondas no calendário de 2023 e cada vez mais eventos longe da Europa, o curso da temporada de Grandes Prémios continua a evoluir ao longo dos anos. Um calendário que não é necessariamente o idealizado pelo patrão da Dorna, Carmelo Ezpeleta, conforme disse ao Speedweek.
A temporada de 2023 será a mais longa da história dos Grandes Prémios. Será também a época com mais datas fora da Europa, com destaque para a chegada da Índia e do Cazaquistão ao programa. E este encontro em particular é polémico, num país onde a cultura do desporto motorizado é inexistente. Um facto a que Carmelo Ezpeleta responde sem rodeios.
“Não há outros organizadores que concordaram com a data do GP em julho. Se tivéssemos dispensado o circuito de Sokol, haveria uma pausa de verão de cinco semanas, como em 2022, quando o GP da Finlândia foi cancelado. E não podemos nos dar ao luxo de ficar ausentes do mundo do motociclismo por tanto tempo.”
Mas então, qual a razão para a procura de tantas provas fora da Europa?
“Estamos a perder dinheiro nas corridas na Europa. Isso deve ficar claro para as equipas e fábricas. Nos nossos acordos com as equipas, foram acordados no máximo 22 Grandes Prémios. Mas quando realizamos mais de 20 Grandes Prémios, os nossos custos aumentam drasticamente.”
Coincidência de datas com a F1
“Depois do erro de 2022, quando o GP de Mugello aconteceu no mesmo dia do clássico da Fórmula 1 em Monte Carlo, os organizadores não querem mais confronto de datas com a Fórmula 1. Mas, infelizmente, há três corridas de F1 seguidas em maio. Então tivemos que mudar o GP de Mugello para o segundo fim-de-semana de junho. E o GP da Catalunha em setembro.”
“Os desejos dos promotores devem ser levados em consideração. Além disso, por causa das transmissões de TV, queremos o menor número possível de confrontos com a Fórmula 1, pelo menos não nos mesmos fusos horários. Antes de concluir que “viveria muito bem com 15 corridas no calendário” , Ezpeleta lembrou que era preciso prolongar a época com o interesse pelo MotoGP que tinha aumentado consideravelmente, sobretudo na Arábia Saudita…
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