Brad Binder não acredita que a moto de MotoGP da KTM precise de mudanças radicais depois de um ano de 2024 sem brilho, mas precisa de “pequenos passos” primeiro.
Apesar da KTM ter terminado em segundo lugar na classificação dos construtores em 2024, ficou a cerca de 395 pontos da vencedora Ducati e a sua seca de vitórias continuou por mais um ano. Binder só conseguiu dois pódios, na ronda de abertura do ano no Qatar, enquanto o estreante da Tech3, Pedro Acosta, somou nove entre sprints e Grandes Prémios. Embora o futuro do projeto KTM MotoGP continue incerto no meio da atual crise financeira, especialmente com os rumores de um congelamento do desenvolvimento para 2025, a nova moto parece ser já um passo em frente em relação à máquina de 2024.
Após o teste de pós-temporada de Barcelona no mês passado, o sul-africano sugeriu que a KTM ainda não entendeu completamente todos os problemas que teve com a moto de 2024.
“Bem, acho que primeiro precisamos de um grande entendimento. Assim que compreendermos tudo, podemos começar a dar pequenos passos em cada área que é o que precisamos. Não é necessariamente um grande passo. É literalmente um pequeno passo na travagem, um pequeno passo na viragem, um pequeno passo na aderência. E essa é a única maneira de compensar a diferença.”
Binder diz que a KTM teve de ser “mais radical” na configuração da mota em 2024, o que levou tempo a compreender, e acredita que isso se deveu ao pneu traseiro ultra aderente da Michelin.
“Acho que este ano, por alguma razão, tivemos de mudar realmente o equilíbrio da nossa moto e foi sempre difícil de compreender, porque quando estávamos a jogar nas nossas janelas normais, na nossa área normal em que mudamos a moto, não estávamos a conseguir muita diferença. Por isso, tínhamos de fazer coisas muito mais radicais para sentir a diferença. Mas agora, no final da temporada, tudo começou a fazer um pouco mais de sentido.”
“Para ser honesto, é muito difícil dizer, mas imagino que sim, que o pneu traseiro foi a causa. Todos nós imaginamos que tem mais aderência. Sem dúvida que tem mais aderência. O que se passa é que nunca ninguém fez uma comparação entre os dois pneus de 2024 e 2023, por isso nunca se pode dizer ‘ei, é isso mesmo’. Não se pode pôr a mão no fogo e dizer que é essa a diferença, porque de um ano para o outro voltamos, estamos tão enferrujados no início que tudo parece diferente.” Concluiu Brad Binder.