MotoGP, As nove mudanças na grelha para 2023
O MotoGP prepara-se para mais uma temporada, desta vez com muitas mudanças na grelha. Alguns vão manter-se ligados ao mesmo construtor, mas com uma equipa diferente, enquanto outros se aventuram num projeto completamente diferente, com apenas um rookie.
A mudança que talvez provoque mais curiosidade é a de Enea Bastianini, que sai da Gresini para a equipa de fábrica da Ducati. Bastianini já tinha dado mostras do seu talento em 2021, com dois pódios e um 11.º lugar no campeonato, mas confirmou na época seguinte. Começando com uma vitória no Qatar, o italiano conseguiu mais seis pódios, quatro deles vitórias. Apesar de quatro abandonos, o piloto de Rimini esteve matematicamente na luta pelo título até às últimas rondas. Terminando em terceiro no campeonato, a Ducati viu o potencial que lá estava e anunciou a sua promoção no dia 26 de agosto. Conseguirá Bastianini causar problemas ao seu colega de equipa Pecco Bagnaia, atual campeão do mundo?
Depois, as saídas de Álex Rins e Joan Mir da Suzuki para a Honda. A Suzuki surpreendeu todos em maio quando anunciou que ia abandonar o MotoGP, algo que afetava diretamente Rins e Mir. Os dois espanhóis vão continuar numa fábrica japonesa, neste caso, a Honda. O campeão do mundo de 2020 vai fazer equipa com Marc Márquez, enquanto o vencedor de duas corridas em 2022 vai ser parceiro de Takaaki Nakagami na LCR, equipa-satélite. Álex Rins vem de uma excelente época e de um sétimo lugar no campeonato, faltando saber o que pode fazer agora nas novas cores.
A dupla da GASGAS é composta por um rookie e um veterano. Augusto Fernández impressionou durante a temporada e sagrou-se campeão do mundo de Moto2 em Valência, no final do ano passado. O espanhol era um dos nomes apontados à classe principal, sendo confirmado em setembro. Único rookie na grelha de 2023, o espanhol vai fazer dupla com Pol Espargaró, que vai regressar à Tech3, onde se estreou na classe principal em 2014. Depois de dois anos com a Honda, com apenas dois pódios e uma pole position, o 44 vai ser o líder do projeto da GASGAS, procurando ajudar o seu colega de equipa.
A RNF vai passar para as mãos da Aprilia e traz consigo Miguel Oliveira e Raúl Fernández, pilotos com perfis bastante diferentes. Oliveira tem quatro anos de experiência no MotoGP e cinco vitórias, duas delas em 2022. Quarto no teste de Valência, o 88 já mostrou a sua capacidade de se adaptar à nova moto e vai ser um homem a ter em conta na nova época, começando logo com uma prova no seu país. Fernández está numa situação diferente. Depois de um ano de rookie difícil em 2022, o espanhol definiu um novo rumo na carreira, de modo a tentar mostrar todo o potencial que lhe permitiu ser vice-campeão do mundo de Moto2 em 2021.
Por fim, a promoção de Enea Bastianini para a Ducati levou à saída de Jack Miller para a KTM e à entrada de Álex Márquez na Gresini. O australiano conseguiu um total de sete pódios em 2022, incluindo uma vitória no Japão e um quinto lugar no campeonato, o seu segundo melhor resultado na classe principal. Já com oito épocas no MotoGP, Miller vai formar uma dupla interessante com Brad Binder. Já Álex Márquez sai da Honda para tentar uma sorte diferente na classe principal, pilotando a GP22.