MotoGP: Andrea Dovizioso confirma saída do MotoGP em 2023

Por a 16 Julho 2022 11:46

Andrea Dovizioso aproveitou o período de férias para confirmar que vai deixar de correr no MotoGP no próximo ano: “Não há razão para continuar”, disse o italiano da RNF Yamaha.

Andrea Dovizioso não vai continuar a participar no MotoGP. Isto já não era segredo, mas o italiano acabou por confirmar a retirada, e fê-lo ao seu próprio estilo: sem declaração oficial, sem estrondo, numa simples entrevista ao site oficial de MotoGP.

O experiente piloto italiano vai deixar o MotoGP aos 36 anos e depois de mais de 20 temporadas. “Claro que não vou correr em 2023. Sempre disse que se não fosse competitivo não continuaria. Portanto, não há razão para continuar, especialmente depois de 20 anos. E também nunca tentei encontrar um lugar numa equipa para o próximo ano.”, disse Dovizioso enfaticamente diante dos microfones do MotoGP.com.

Recordamos que esta é segunda vez que Dovi anuncia a retirada da categoria rainha do motociclismo. Já o tinha feito no final de 2020, embora aquele tenha sido mais um ano sabático que nem sequer foi totalmente concluído, já que no final de 2021 regressou ao MotoGP com  a Yamaha que Franco Morbidelli deixou livre na Petronas. Dovizioso estava entusiasmado com o novo projeto com a RNF Racing, que afinal se veio a revelar um desastre.

Depois de onze corridas, Dovizioso tem apenas dez pontos . O seu melhor resultado é o décimo primeiro lugar que conseguiu em Portimão e está empatado com Darryn Binder, o estreante de Moto3 com um registo mais do que breve. Até no ano passado, quando disputou apenas as últimas cinco corridas, o italiano somou doze pontos.

“Estou completamente tranquilo. Fiquei meio ano sem correr no ano passado, já conheço a experiência de estar de fora, não será difícil para mim.”

A verdade é que, mesmo que Andrea Dovizioso quisesse continuar, parece pouco provável que alguma equipa lhe tivesse oferecido uma posição de titular. Tinha as suas opções com a Aprilia , mas ele próprio não acreditou no projeto de Noale e preferiu embarcar na equipa satélite de Razlan Razali com a Yamaha, naquela que pode ser considerada uma das piores decisões da história do MotoGP. Agora é tarde demais, e o futuro parece estar longe do asfalto.

Muito provavelmente o italiano vai voltar-se a dedicar-se a uma das suas outras paixões, o motocross , a disciplina que ele tanto aprecia. Para trás fica uma carreira bilhante onde contracenou com alguns dos melhores pilotos de todos os tempos como Valentino Rossi e Jorge Lorenzo, entre outros.

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Ricardo Ferreira
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