MotoGP, Aleix Espargaró: “Sou rápido mas não consigo ultrapassar, é frustrante”
Aleix Espargaró começou a temporada de MotoGP de 2023 como candidato ao título. Mas depois de cinco eventos, o atual décimo primeiro do campeonato parece perdido.
FOTOS: MPSAGENCY
Em 2022 Aleix Espargaró viveu aquele que foi provavelmente o seu melhor ano na categoria rainha. A sua primeira vitória em GPs na Argentina foi seguida por cinco terceiros lugares, dando ao ás da Aprilia o 4º lugar geral. Após cinco corridas Aleix estava em terceiro no Campeonato do Mundo, este ano é apenas o 11º na tabela com o mesmo número de corridas. O seu melhor resultado de sprint foi o 4º lugar em Austin, e aos domingos só conseguiu terminar em quinto entre os 5 primeiros por duas vezes, em Jerez e Le Mans.
O que se passa afinal com o espanhol de 33 anos, considerado como um dos candidatos ao título deste ano?
“Não quero dar desculpas, mas estou mais rápido que no ano passado e sinto que a moto está um pouco melhor. Mas ainda não consigo vencer. Analisamos a situação e tentamos encontrar as razões para isso. Fui o mais rápido em quase todas as pistas até agora e fiz o melhor tempo na Argentina, Portugal e Jerez na sexta-feira. Sou rápido, mas tenho muitas dificuldades na corrida”.
Que problemas afectam afinal o piloto de Granollers?
“O nosso desafio é a pressão do ar no pneu dianteiro. Isso significa que não podemos ultrapassar. O nosso ritmo é melhor que o do Brad Binder, por exemplo. Mas o Binder tem feito corridas significativamente melhores do que nós. Temos que entender isso”.
“Tudo corre bem na sexta-feira e nessa altura posso andar de moto como eu quiser. Mas assim que estou na pista com outras motos, não consigo manter a velocidade nas curvas e a pressão no pneu dianteiro aumenta enormemente. É uma loucura como o Pecco e as KTM conseguem ultrapassar enquanto eu não consigo ultrapassar ninguém,” explicou o piloto da Aprilia, ofegante.
“Ninguém imagina como isso é frustrante. Sou um dos mais rápidos, mas não consigo manter o ritmo na corrida. A frente está em constante movimento e é por isso que fico preso atrás dos outros pilotos”.
“No ano passado, vi todas as posições como um bónus, mas nesta temporada o quinto ou sexto lugar não é mais suficiente. Eu quero ganhar, mas não posso agora.” Concluiu o espanhol.
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