MotoGP, Aleix Espargaró: “O que vier será 100 vezes melhor do que os anos anteriores”
Aleix Espargaró está a lutar pelo título de MotoGP pela primeira vez na sua carreira, aos 33 anos. O espanhol diz que achava que podia ser competitivo desde que chegou à Aprilia, mas confessa que os primeiros tempos não foram fáceis. De resto, Espargaró diz que, ganhando ou não este ano, terá outra oportunidade em 2023.
“Devo dizer que tem sido a melhor fase da minha vida. Tenho estado super relaxado, tenho passado muito tempo com a família, temos muitas coisas para fazer em casa. Não falamos sobre motos, mas, um dia, estávamos a apanhar sol e a minha mulher disse-me: ‘Já imaginaste o que é ganhar o título?’. Quase comecei a chorar, porque ela nunca me tinha dito nada disto. Não consigo imaginar, seria inacreditável”, começou.
“Quando assinei com a Aprilia, acreditei que este momento podia chegar. Colocar a moto no topo, lutar por pódios, talvez não lutar pelo título. Assim que experimentei a moto em Valência, disse ao Romano que a moto era muito boa e tinha potencial. Mas a partir daí as coisas mudaram. Perdi um pouco a confiança, porque achava que estava a conduzir bem, não estava a conduzir pior do que agora. Mas a moto não funcionava, tinha muitos problemas. Sou uma pessoa positiva, mas, neste período, perdi confiança, comecei a trabalhar com psicólogos em Barcelona. Decidi com a minha mulher que, no final de 2018 ou 2019, se não conseguíssemos melhorar, ia encontrar outra coisa para fazer. Felizmente, o Massimo chegou e mudámos muito”, disse.
“Acho que temos feito um bom trabalho. Sei que não tenho a maior velocidade da grelha, mas, com as armas que tenho, acho que estou a fazer um bom trabalho. A terminar corridas, acho que puxo pelo limite da moto em todos os circuitos, estou a cair bastante nas últimas corridas na sexta-feira e no sábado, e isso é um exemplo do quão estou a puxar. Estou satisfeito com a forma como estou a conduzir. A consistência desde que chegámos à Europa tem sido o mais importante”, referiu.
“O Fabio não tem a melhor moto da grelha, mas está num nível muito alto. Nos últimos anos, só nas melhores épocas do Marc é que vi alguém a conduzir num nível tão alto como o dele. Ele está a conduzir muito bem, acho que é o homem a bater”, declarou.
“Não tenho nada a perder. Este ano é como um presente, tenho 33 anos. Tudo o que vier vai ser 100 vezes melhor do que os meus anos anteriores, vou tentar desfrutar até Valência. A forma como estou a conduzir e a desfrutar da atmosfera na garagem é algo para que trabalhei. Agora que cheguei a este nível, quero divertir-me. Ganhando ou não este ano, acho que temos outra oportunidade no próximo. Não sei o que vai acontecer em 2024, ainda está muito longe. Mas 2023 está aí quase. Acho que o próximo ano também vai ser muito bom para nós”, concluiu.