MotoGP, Aleix Espargaró (Aprilia),16º.: “Na moto suporto as dores mas quando a corrida acaba é um desastre”
A lista de lesões de Aleix Espargaro, que sofreu um acidente de bicicleta na véspera da corrida de MotoGP de Mugello, no passado fim de semana, não pára de aumentar. E o seu resultado na corrida alemã deriva muito mais da sua condição física do que qualquer outro factor.
Inicialmente foi-lhe dito que não havia fracturas, mas o piloto da Aprilia lutou contra as dores agonizantes e inchaço no calcanhar a caminho do sexto lugar na corrida de Mugello. Uma ressonância magnética no dia seguinte revelaria duas fracturas no pé direito e, após a corrida de domingo em Sachsenring, Espargaro revelou que foram agora detectados danos semelhantes nas costelas.
“Ainda tenho muitas dores no pé, o que é normal, mas também tenho muitas dores nas costas desde ontem. Por isso, fui à Clínica Móvel depois do aquecimento e tenho duas pequenas fracturas. Bem, não tão pequenas, nas costelas [número] 9 e 10. É por isso que tenho tantas dores. Os médicos disseram-me que é normal que, quando começam a sarar, sintamos mais dores. Por isso não verifiquei depois de Mugello… Mas na moto, não é um desastre, é mais quando termino a corrida. Agora estou exausto. Tenho dores nas costas, no pé. Estou muito dorido. Mas na moto, está tudo bem.”
Espargaro, tal como Fabio Quartararo da Yamaha, pagou o preço por ter apostado no pneu traseiro macio para o Grande Prémio de 30 voltas, enquanto todos os outros escolheram o médio. O espanhol caiu de quinto na fase inicial para 16º na bandeirada de chegada.
“Cometemos um grande erro ao escolher o pneu macio. Não tínhamos muita informação devido às condições climatéricas deste fim de semana. É preciso improvisar alguma coisa quando se parte de P10 e não se tem uma Ducati… Foi o que fizemos e não foi uma boa escolha o macio”, disse.
Pormenoriando a sua corrida, o piloto de Granollers disse; “O arranque não foi mau. Sabia que tinha algumas boas oportunidades nas primeiras voltas, por isso ataquei. Estava em P5, o que era bom, mas na 10ª volta o pneu começou a perder aderência e nas últimas seis voltas foi muito perigoso. Não consegui gerir bem o pneu.”
Mas mesmo sem o erro do pneu, Espargaro sente que a Ducati, cujos pilotos ocuparam oito dos dez primeiros lugares, é uma moto de outro planeta. “Acho que foram oito Ducatis entre os nove primeiros. Por isso, acho que hoje consegui terminar em nono lugar muito bem. Mas o meu objetivo é mais. Foi por isso que tentámos uma aposta com o pneu macio, mas não valeu a pena”, explicou Espargaro. “Disse desde a pré-época que gosto da minha moto de 2023. Mas a moto é 3 ou 4% diferente da especificação de 22. Foi por isso que não melhorámos o suficiente. Mas, sinceramente, não estava à espera que a Ducati melhorasse tanto em relação ao ano passado, mas melhorou. Acho que foi 20 segundos mais rápida aqui, portanto, não temos o nível necessário.” Aleix Espargaro vai para a ronda de Assen do próximo fim de semana em nono no campeonato do mundo.