MotoGP: A North America Talent Cup começa em 2022 para canalizar americanos para o MotoGP… mas será suficiente?

Por Ricardo Ferreira a 11 Dezembro 2021 11:33

Cameron Beaubier (American Racing) e Joe Roberts (Italtrans Racing Team) são na atualidade os dois únicos pilotos norte-americanos na categoria de Moto2. Na Moto3 e no MotoGP não existem nenhum. A realidade é que os americanos foram há muito arredados do MotoGP e o último que me vem à memória é Kenny Roberts Jr., campeão do mundo em 2000 com a Suzuki. Eddie Lawson, Wayne Rainey e Kevin Schwantz não conheceram sucessores na era mais recente dos Grandes Prémios.

Ricardo Ferreira

Os valores emergentes dos EUA estão ausentes do MotoGP há muito. O problema é que a organizadora Dorna e as equipas da categoria rainha, são há muito acusadas de favorecimento aos pilotos espanhóis, o que se justifica em parte porque a maioria das equipas estão baseadas na Europa, e grande parte delas na vizinha Espanha.

Seja como for, a MotoAmérica está agora a trabalhar no problema com a Dorna, criando a North America Talent Cup. Nesta série, os jovens pilotos vão competir com Aprilia RS250, nos fins de semana de corrida nos Estados Unidos. “A nova North America Talent Cup fará parceria com a MotoAmerica e visa fornecer aos pilotos de todo o continente uma ligação vital na estrada para o MotoGP, criando o ponto de partida entre a FIM MiniGP North America Series e a Red Bull MotoGP Rookies Cup ou Campeonato do Mundo FIM Moto3 Junior ”, diz o artigo de Dorna. “ O órgão sancionador será a American Motorcyclist Association e a FIM North America .”

Achamos que isto dificilmente vai mudar o estado de coisas, a não ser que as equipas de MotoGP colaborem nesse sentido, até porque não devemos esquecer que houve nomes como Eddie Lawson, Wayne Rainey e Kevin Schwantz que marcaram uma era na classe rainha, já para não falar de muitos australianos – quem não se lembra de Garry McCoy, Mick Doohan, Casey Stoner e muitos outros -, e portanto, o problema é muito mais extenso! A viragem do MotoGP para a Ásia nos últimos tempos, é por si só insuficiente para o MotoGP se espandir à escala global!