A vitória de MotoGP em Mandalika foi uma libertação para Miguel Oliveira, afinal foi o seu primeiro resultado nos cinco primeiros desde Assen em Junho do ano passado. Acima de tudo, o piloto de fábrica da Red Bull KTM espera mais consistência.
Miguel Oliveira coroou a sua 50ª participação no Campeonato do Mundo no domingo com a quarta vitória na categoria rainha no novo circuito de Mandalika. Trata-se de um resultado curioso, uma vez que quando em 2020 o circuito de Portimão se estreou no calendário do MotoGP, o vencedor também foi Miguel Oliveira – apesar da vantagem de correr em casa.
Baralhar e dar de novo as cartas
A corrida molhada em Lombok mudou o rumo dos acontecimentos para o português no campeonato. Oliveira, que caiu depois de largar em 14º no GP do Qatar, subiu para o quarto lugar no Campeonato do Mundo depois de vencer o primeiro GP da Indonésia desde 1997. Agora, apenas cinco pontos o separam do vencedor do Qatar Enea Bastianini, e está três pontos atrás do seu atual companheiro de equipa Brad Binder. Binder deu ao fabricante austríaco um lugar no pódio na largada em Doha, que é uma das razões pelas quais a Red Bull KTM Factory Racing agora lidera o campeonato mundial de equipas. Além disso, a KTM também está na liderança na classificação dos fabricantes.
Olhando para a tabela do Campeonato do Mundo, surge a pergunta: pode-se esperar que a KTM permaneça constante este ano após uma temporada de altos e baixos em 2021? “Ainda é cedo para o dizer, só tivemos duas corridas”, disse Oliveira com cautela. Como lembrete, no ano passado Miguel Oliveira subiu ao pódio três vezes seguidas, em Mugello, Barcelona e Sachsenring, mas depois da queda no TL1 do GP da Áustria, mais nada funcionou na segunda metade da temporada.
“Temos de ser rápidos e acumular pontos”
Uma coisa é clara para o português de 27 anos: “Definitivamente queremos manter esta forte condição nas outras corridas. Não queremos apenas vencer três ou quatro vezes por temporada e ser medianos além disso. Queremos estar na frente com mais frequência. Sabemos que temos que trabalhar muito para isso. Isso é normal nesta categoria. Todos estamos muito perto nos tempos. e podemos ver a diferença que às vezes faz estarmos no Q2, ou não. Isso pode dar ao fim de semana inteiro um rumo diferente. Em primeiro lugar, temos de nos concentrar em ser rápidos – e depois, é claro, em ter um bom desempenho nas corridas e acumular pontos.”
Outra curiosidade em Mandalika, foi o facto de Fabio Quartararo e Johann Zarco terem ficado sozinhos na conferência de imprensa na noite de domingo, o que aconteceu porque o vencedor Miguel Oliveira quase perdeu o voo depois da corrida de MotoGP ter sido atrasada 75 minutos devido à chuva. “No futuro, vou sempre reservar um voo no domingo à noite”, brincou Oliveira quando foi libertado mais cedo do habitual encontro com a imprensa.
