MotoGP, 2021: Valentino Rossi, o carisma de Sheene e mais sucesso
Valentino Rossi não pontuou em seis corridas consecutivas em 2020, mas a sua popularidade com os fãs, comparável à de Barry Sheene nos anos 70, pouco sofreu
Valentino Rossi terminou a sua pior temporada de MotoGP em 2020 como 15º no mundial e com apenas um lugar no pódio, terceiro no segundo GP de Jerez em Julho.
Rossi não vence uma prova do Mundial desde 25 de Junho de 2017 em Assen e não conquista um título mundial desde 2009.
No entanto, o italiano de 42 anos tem um carisma semelhante ao de Barry Sheene, o campeão mundial de 500cc de 1976 e 1977 da Suzuki.
O britânico Barry Sheene foi a primeira estrela de rock do motociclismo na década de 1970.
Dirigia um Rolls-Royce Silver Shadow com a matrícula “4 BSR”, que significava “For Barry Sheene Racing” e por vezes chegava às corridas no seu próprio helicóptero.
Sheene falava espanhol e francês fluentes, e também se destacou nas pequenas classes, com três vitórias no Campeonato do Mundo de 125cc e vice-campeão em 1971 em Suzuki.
Durante a sua carreira, lutou incansavelmente por mais segurança nas pistas de corrida. Barry era um fumador viciado acendendo um Gitanes sem filtro atrás do outro e tinha um buraco perfurado no queixo do capacete integral para poder dar uma última passa na grelha de partida.
Também foi dos primeiros a usar fatos de cabedal de cores, que até então eram todos pretos.
O lendário Nº 7 era casado com Stephanie McLean, uma ex-modelo atraente da revista Penthouse, que posava para fortos com ele frequentemente.
Barry vivia numa magnífica mansão de 27 quartos além de ter um apartamento em Londres, e era considerado um dos desportistas mais populares e bem pagos da Inglaterra ao lado de James Hunt e George Best, e era amigo íntimo do Beatle George Harrison.
Sheene emigrou da Inglaterra para a Austrália depois da sua carreira ativa por razões fiscais e de saúde. Lá fez nova fortuna em imobiliária e trabalhou para o canal de TV “Channel 9”, quando fez amizade com Valentino Rossi, um irmão em espírito, como repórter dos GP.
Quer Rossi quer Sheene era conhecidos pelas suas partidas e maluquices:
Quando Sheene morreu de cancro em 2003, aos 52 anos, Valentino levou uma bandeira branca gigante com um nº 7 preto em volta da pista após a sua vitória em Phillip Island.
Depois, gracejou: “Onde é que eu arranjei esta bandeira? Pensei de manhã o que ia fazer se ganhasse e roubei o lençol de banho do meu quarto e depois pintá-mo-lo. Desculpem, Hotel!”
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Senhor Paulo Araújo, mais uma matéria espetacular. Não sabia disso, muito interessante, Obrigado!