MotoGP, 2021, Texas: O duro caminho da Honda

Alberto Puig tem estado a tentar explicar a evolução da Honda Repsol

Perante o cenário do desenvolvimento congelado e do regresso menos que sensacional de Marc Márquez das suas lesões, Alberto Puig, manager da formação mais credenciada do Paddock, coloca em contexto as dificuldades recentes:

“Com esta história do Covid e do desenvolvimento congelado, não pudemos Implementar o programa de desenvolvimento que tínhamos planeado e temos estado a ressentir-nos por isso:”
“Há um ano, a Michelin mudou o pneu para 2021, e não foi assim tão fácil para nós perceber como fazer este pneu funcionar com a nossa moto.”

“Não estou a dizer que o pneu não não seja bom, que não esteja a desempenhar, não me interpretem mal, mas o pneu e a moto neste momento não são amigos… digamos que estamos a tentar compreender como fazê-los funcionar juntos!”
“O regresso do Marc foi muito emocional, especialmente para ele, ele teve que regressar à velocidade de antigamente numa moto que não conhecia e com pneus diferentes, e tudo isto, combinado com uma condição física que ainda estava longe de perfeita!”

“O que um piloto recorda é a última coisa que funcionou para ele, e essa coisa que funcionou para ele, não era nem sequer a máquina de 2020, era a máquina de 2019 com um pneu diferente.”

“Foi, tem sido, e ainda é bastante complicado do ponto de vista do piloto, e também do ponto de vista da equipa, em termos do nosso desenvolvimento da máquina!”
Depois veio a vitória no Sachsenring, que deu um grande impulso à confiança de Márquez, mas havia ainda Pol Espargaró:
“Do lado do Pol Espargaró, está tudo em aberto, porque acredito firmemente que o piloto tem mais potencial do que o demonstrado até agora…”

“Só vimos uma pequena parte daquilo que ele é capaz de fazer, porque ele é um piloto muito inteligente…”

Como a confirmar estas palavras de Puig, Pol Espargaró fez a pole a seguir em Silverstone…

“Pol é rápido, corajoso, e ambicioso” – diz Puig – “mas infelizmente não começou a época da melhor maneira e a combinação entre ele e a moto não tem tido tanto sucesso como ele esperava e nós pensamos… é só uma questão de tempo até ele nos mostrar o que pode fazer!”
“Temos de testar diferentes peças, diferentes componentes,, chamem-lhe o que quiserem, mas acho que estamos a começar a entender o problema.”

“A filosofia da Honda é criar soluções para trazer o melhor possível aos nossos pilotos… nunca paramos de testar novas peças, novos componentes, novas ideias, novas direções para melhorar!”

Paulo Araújo

Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal

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