O pai do nove-vezes campeão sente que o seu companheiro de equipa pode bem vir a ser a faísca que Rossi precisa em 2021
“O Vale vai precisar da competição, vai querer ser tão rápido como o outro!”
Com o regresso do Campeonato do Mundo de MotoGP iminente após quatro longos meses de inverno, começam a formar-se expectativas no rescaldo do Teste Oficial do Qatar.
As Ducati, Honda e Yamaha parecem todas fortes e como candidatos a desafiar a Suzuki para a coroa, apesar de cada um ter visto novos pilotos estrearem-se nas cores da fábrica.
Fabio Quartararo mudou-se para a Yamaha Monster Energy, MotoGP, Jack Miller e Francesco Bagnaia saltaram ambos para a Ducati Team de fábrica enquanto Pol Espargaró sobe outro tom de laranja ao trocar a RC-16 da KTM pela RC213v da Honda Repsol.
Uma das incógnitas sobre como as duas primeiras rondas da temporada de 2021 vão decorrer no Circuito Internacional de Losail prende-se com o desempenho das Yamaha, e mais precisamente, de Valentino Rossi, que andou bem em Losail e muda para a Yamaha Petronas SRT para ser o parceiro de Franco Morbidelli na equipa satélite.
Muita intriga continua a rodear o Doctor à medida que entra na sua 26ª temporada de Grandes Prémios, e o seu pai e ex-piloto Graziano Rossi, que recentemente completou 67 anos, partilhou os seus pensamentos sobre a temporada que se avizinha.
“Temos de ser otimistas, a situação é bela por várias razões. Morbidelli está perto, na moto certa, com uma boa equipa de pessoas rápidas e alertas, como a temporada de Franco em 2020 mostrou”, disse Rossi sénior numa entrevista.
Na verdade, ele até sente que a Academia VR46 se formou em redor de Morbidelli e que o triplo vencedor de 2020 é novamente a maior ameaça das Yamahas.
“O Vale vai precisar da competição, vai querer ser tão rápido como o outro: é uma boa motivação e é também uma motivação que eu chamaria de feliz. Os dois entendem-se e respeitam-se mutuamente.”
“Vi o Morbidelli na Sky na outra noite: ele falou muito bem do Vale e é claro que está convencido de que vai estar à sua frente. Mas a partir desta comparação, Valentino poderia inventar algo bom. Na Yamaha, vejo Morbidelli mais forte que Quartararo e Maverick Viñales, que têm alguns momentos de pouca luz.”
Com o mais jovem Rossi à procura de algum conforto no teste com a sua nova YZR-M1 esperamos para ver se ele consegue traduzir num resultado no Grande Prémio de Barwa do Qatar, a 28 de março.
