MotoGP, 2021, Qatar: Suzuki afina a fórmula vencedora

Por a 22 Março 2021 16:00

Apesar de não ter sido cabeça de cartaz no Teste do Qatar, os campeões em título estão preparados para uma defesa forte

Provavelmente, a Suzuki GSX-RR não mudou muito no ADN vencedora do campeonato do ano passado

A equipa Suzuki Ecstar tinha muitas peças novas para testar no Qatar, embora muitas delas não fossem facilmente visíveis. Confirmaram que estavam a testar motores para 2022, peças de quadro e chassis, asas aerodinâmicas e eletrónica.

Por exemplo, tal como em 2020, as voltas mais rápidas nunca estiveram lá para os rapazes de azul no sábado, embora Joan Mir pareça ter dado um pequeno passo em frente nessa área no Teste Oficial, mas era sabido que no dia da corrida eles estariam lá.

No geral, a Suzuki está a fazer a preparação base para o que realmente conta, a corrida e outro desafio ao Campeonato Mundial.

Mas isso não significa que não se vão dar bem na corrida de abertura do ano. De facto, se a corrida fosse no dia seguinte ao último dia de testes no Qatar, podia-se apostar numa Suzuki a subir ao pódio. Mas a corrida não era nessa altura e há mais tempo para todos terem melhorado este fim-de-semana.

Até agora, a Suzuki pode não ter mostrado a melhor velocidade nas primeiras voltas em pneus novos mas, assim que estão a meia dúzia de voltas, parecem muito competitivas.

Tal como no ano passado, quando tanto Mir como Alex Rins (Team Suzuki Ecstar) fizeram um elevado número de voltas num pneu traseiro, regressam ao pitlane em melhores condições do que qualquer um dos pneus vistos na parte de trás de qualquer uma das máquinas dos seus adversários.

E o início? A Suzuki é o único fabricante a não ter um dispositivo de arranque traseiro, funcionando apenas com um dispositivo de arranque frontal.

No entanto, apesar disso, todos os treinos de Mir, Rins e do piloto de testes Sylvain Guintoli foram muito bons e muito consistentes, com o francês a ter mesmo um novo melhor pessoal na fase de arranque.

Adicione-se tudo isto e é de acreditar que se os pilotos da Suzuki conseguirem manter as suas motos a uma curta distância do grupo da frente até meio da corrida no Qatar, no final serão uma ameaça para o pódio ou, possivelmente, até mesmo para a vitória.

A Suzuki e os seus pilotos são capazes de uma consistência incrível desde a primeira volta até à bandeira axadrezada. Só esse facto é suficiente para provocar medo em qualquer adversário.

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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