MotoGP, 2021, Qatar: Rossi quer correr mais dois anos

Por a 24 Março 2021 14:30

O Doutor fala sobre o seu futuro dentro e fora da pista, e a emoção de ver os pilotos da Academia VR46 chegar ao MotoGP

Se me divertir, lutando por vitórias e pódios, então continuo…” Valentino Rossi

Na manhã desta sexta-feira, no Circuito Internacional de Losail, Valentino Rossi sairá do Pitlane para iniciar oficialmente a sua 26ª temporada como piloto de Grande Prémio.

Para mais, depois de passar 15 temporadas na Yamaha como piloto de fábrica, The Doctor lança-se num novo desafio, juntando-se ao amigo Franco Morbidelli na Yamaha Petronas SRT.

Em entrevista ao jornal italiano La Repubblica, o nove vezes campeão do mundo falou sobre o seu futuro como piloto, querendo ser pai, a oportunidade de ser vacinado no Qatar e a emoção de se desafiar na classe rainha ao lado de alguns dos seus pilotos da VR46 Academy.

“Para a equipa de fábrica, a Yamaha escolheu Viñales e Quartararo. Entendi porquê, mas disse: “Vão deixar-me sem lugar?” Não podiam dizer sim, por isso aqui estou eu a pilotar para a Yamaha Petronas SRT.”

É um movimento que vê Rossi ligado a Morbidelli numa formação da Academia VR46, mas há mais dois pilotos da Academia que vão competir no MotoGP este ano.

“Luca Marini, o meu irmão, e Pecco Bagnaia, um dos meus ‘alunos’. É muito divertido, é como ir jogar futebol com os amigos às segundas à noite, só que corremos em pista no domingo.”

O homem de 42 anos fala sobre o seu futuro em pista. É uma questão que se tornará mais evidente quando algumas rondas de 2021 estiverem concluídas, mas Rossi não quer que este ano seja o seu último, pelo menos por enquanto.

“Oficialmente, tenho contrato por um ano, mas o meu objetivo é correr mais dois. Vai depender de como as coisas vão ser em 2021. Se me divertir, lutando por vitórias e pódios, ficando entre os cinco primeiros, então continuo…”

Rossi também falou do eventual regresso do oito-vezes campeão do mundo Marc Márquez da Honda Repsol. Ganhando seis das oito temporadas de MotoGP em que competiu, compreende-se que Marc Márquez seja o único piloto que todos querem bater, mas o número 46 sente que os seus competidores mudaram de atitude na ausência por lesão do 93.

“Na sua ausência, os outros cresceram muito. E já não têm medo dele.”

O espetáculo de 2021 começa sob as luzes de Losail para o Grande Prémio de Barwa do Qatar. No entanto, a MotoGP e o governo do Qatar juntaram-se para dar a todos os membros da família de MotoGP que viajam a oportunidade de ser vacinados.

Rossi explica como “somos muito privilegiados” por ter a oportunidade de ser vacinados e como quer dar aos fãs em casa algo para sorrir enquanto a luta contra a pandemia Covid-19 continua.

“Nós no MotoGP podemos pelo menos trazer um toque de alegria, leveza: somos como o futebol e a F1, um entretenimento. Quando as pessoas me vêem, apreciam-me porque os ajudei a viver muitos domingos bonitos. E agora precisam mesmo.”

Desporto à parte, Rossi também expressou o seu desejo de um dia ser pai.

“Um dia, gostaria de ter uma criança. Penso nisso, acho que encontrei a rapariga certa. Uma ou duas crianças: pode ser realidade. Também porque depois os anos passam e tu aborreces-te, por isso vale a pena.”

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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