MotoGP, 2021, Portimão – Pit Beirer: “A performance de novembro não será suficiente”

No segundo GP do Qatar Miguel Oliveira chegou a estar no 4º lugar e Brad Binder terminou em 8º lugar. É por isso que o diretor da KTM Motosport Pit Beirer, espera uma melhoria em Portugal. 

Depois de Miguel Oliveira dominar o GP de Portimão em 22 de novembro do ano passado –  bem ao estilo de Marc Marquez – garantido a pole, vitória e o recorde do circuito, os pilotos da KTM somam razões para otimismo no GP 888 de Portugal.  

Mas Pit Beirer também sabe que algumas coisas mudaram, que houve até agora problemas nas suas motos que, como os pilotos, precisam de corridas para se chegar ao mais correto set-up que ainda não foi encontrado. 

“A nossa formação não é tão estável quanto os nossos concorrentes, que competem nesta competição há décadas”, diz o diretor da KTM Motorsport, Pit Beirer. “Mudamos a nossa equipa, mas ainda estamos convencidos de que precisamos estabilidade. Oliveira tem Paul Trevathan, o chefe da tripulação que trabalhou com sucesso com Pol durante quatro anos. Brad queria Andres Madrid, que foi bem sucedido na equipe Ajo com ele no Campeonato de Moto2”.

Na KTM, nenhum novo líder de equipa emergiu até agora após a saída de Pol Espargaró. Binder, Oliveira e Petrucci compartilham um objetivo comum – eles querem se tornar o melhor piloto da KTM em 2021.

“Não devemos subestimar os dois eventos do Qatar”, enfatiza Pit Beirer. “O GP de Jerez provavelmente terá que esperar até que o equilíbrio de potência na MotoGP 2021 possa nos dar melhores posições. Temos três pilotos que podem brilhar, como já disse. Portimão também não chega para saber onde estamos, só após as duas primeiras corridas europeias teremos uma ideia concreta. Agora, o importante é encontrar uma base sólida.” 

Vários pilotos de diferentes fabricantes (Yamaha, Honda, KTM) reclamaram no Qatar sobre a qualidade instável dos pneus Michelin. Mesmo pneus de composto idêntico entregaram performances completamente diferentes nas duas corridas anteriores. Isto é um problema? 

“Há tais diferenças. É o mesmo para todos, e atinge a todos. Não vejo nenhuma dificuldade aqui em Portimão. Nenhum piloto é sempre azarado e recebe pneus maus o tempo todo. Isso faz parte do jogo. Assumimos que estamos em numa posição melhor em Portimão do que no Qatar, é importante lembrar que todos estão mais rápidos. E assim o desempenho de novembro não será suficiente”. 

Ricardo Ferreira

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