MotoGP, 2021: O rescaldo após duas no Qatar
Um começo de época sensacional já viu o Top 15 mais próximo de sempre e, com luta cerrada entre rookies e veteranos e todas as marcas aparentemente prontas a vencer, promete para a chegada à Europa em Portimão…
Das poucas, ou nenhumas vezes, em que o vencedor no Qatar foi o campeão no fim da época, podemos concluir que não devemos ler muito nos resultados de Losail,mas mesmo assim há muitas lições e conclusões a tirar das duas primeiras corridas no ano:
Primeiro que nada está estabelecido nem decidido à partida: nenhuma marca tem o domínio automático.
Toda a gente apontava as Ducati como as favoritas, por serem as mais rápidas que atingiam a maior velocidade, arrancavam à frente e dominavam como queriam mas… Não ganharam!
Toda a gente apontava Morbidelli como um dos favoritos, em vista das suas vitórias do ano passado e… o Ítalo-brasileiro andou afundado nas traseiras do pelotão e, após acabar em 18º e 12º, está apenas em 15º com os mesmos 4 pontos de Miguel Oliveira!
Por outro lado, ninguém previu a repentina forma da Aprilia, nem que as Honda estivessem tão apagadas depois das boas exibições de Bradl, Espargaró & Companhia, nem que os rookies pudessem estar tão fortes a ponto de Bagnaia fazer a pole numa das corridas, e Martin na seguinte, e iam conseguir lutar pelo pódio.
Ao contrário do que seria esperado observando o Teste Oficial, o esperado domínio de Jack Miller não se materializou e deixou o Australiano a coçar a moleirinha a pensar o que fazer a seguir…
As Suzuki também andaram na luta mas levam, para casa na caderneta uma nota de “vão ter que trabalhar mais”, entre aspas, e finalmente, quem poderia prever que seria uma Ducati sim, mas duma equipa satélite, a liderar o Mundial com Zarco à saída de Losail? Não que ele não tivesse dado o aviso quando disse que agora estava pronto para lutar pelo Campeonato!
E. finalmente, Márquez pode regressar para apimentar ainda mais as coisas… Isto, e a esperada melhoria das KTM numa pista em que Miguel Oliveira dominou totalmente na corrida final do ano passado, são mais do que razões de sobra para seguir o que se vai passar em Portimão daqui a 15 dias. Atentamente.
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Deve estar a custar horrores à Ducati engolir isto. As 4 GP21 sempre na frente mas mesmo assim não conseguem ganhar.
De realçar que as Ducati parecem mais “matacões” que nunca. Aceleram rápido, travam bem, têm velocidade de ponta incrível mas o resto do que é uma mota…agilidade, velocidade em curva, entrada na curva…parecem uns camiões.
A Yamaha conseguir vencer no Qatar, não é que seja propriamente um feito. é a marca com mais vitórias.
O que me impressionou é que ganhou sem ter que estar obrigatoriamente à frente desde o inicio. Em ambas as vitórias as Yamaha vieram de trás, muito de trás, passaram 6 ,7, 8 pilotos até ficarem em primeiro. Demonstraram algo que não têm tido muito. Capacidade de vestir o fato de macaco e ir à luta na molhada.
Mostraram aceleração, e velocidade de ponta para lutar com todas as marcas excepto com a Ducati mas, a vantagem da Ducati em corrida não é tão grande quanto isso.
Só quando eles entram em modo pânico e abrem a mota é que aquilo anda de carago, principalmente nos últimos 300/400 metros, é uma diferença incrivelmente vergonhosa para as outras marcas.
De resto se formos ver as velocidades de ponta médias, as dif são de 5 ou 6km, o que não é problemático, visto que a vantagem de Suzuki e Yamaha no resto dos campos é mt superior a isto.
Ambas as corridas foram lentas, com muita sujidade e vento, o que ainda ajudou mais as Ducati.
As KTM passaram um pesadelo, não havia pior pista para começar.
A Honda parece-me mal. Esperava muito melhor prestação do Nakagami. Quando o Marquez estiver a 100% voltam a ganhar e está rudo bem para eles.
Espero uma vitória sem espinhas do Miguel em Portimão. (sonhar é grátis)
Abraço.