MotoGP, 2021 – Lorenzo: “Vamos voltar a ver o melhor Marquez”
Jorge Lorenzo diz que a forma como Marc Marquez rodou sem medo no seu regresso ao MotoGP é a razão pela qual ele é “de outro planeta”. Quanto ao número de quedas invulgar em Portimão, para o ex-campeão mundial de Maiorca a explicação está no desequilíbrio entre a aderência dianteira e traseira.
O tricampeão do mundo de MotoGP (2010, 2012 e 2015) Jorge Lorenzo elogiou o regresso de Marc Marquez ao MotoGP em Portimão.
Sem sombra de dúvida, a prova portuguesa teve como ponto de interesse o regresso do piloto de Cervera após nove meses e três cirurgias devido a complicações com o seu braço direito partido. Terceiro nos treinos livres de sexta-feira, antes de chegar ao sexto lugar no sábado e ser sétimo classificado na corrida, Márquez foi também o único piloto da Honda a não cair durante todo o fim-de-semana.
“Sobre Marc Marquez, mais do que a sua velocidade o que mais me impressionou no seu regresso, após nove meses de uma lesão super complicada, possivelmente a lesão mais longa da história, foi ele ter voltado ao MotoGP sem receio de se magoar novamente, correndo riscos para alcançar um resultado incrível… ele é de outro planeta”, disse Jorge Lorenzo.
“Pode demorar algum tempo até ele voltar a ser o Márquez de 2019 e há também novos rivais mais jovens, tais como Quartararo aos 21, Mir aos 22, Bagnaia aos 24. Mas não tenho dúvidas de que Marc irá ganhar corridas e lutar pelo campeonato do mundo”.
“Não lhe vou dar um 10 -para Portimão o maiorquino atribuiu esse valor ao vencedor da corrida Fabio Quartararo – porque depois de sexta-feira talvez fosse esperado um resultado ainda melhor do que o sétimo, mas ele fez completamente o que tinha de fazer”.
“Ele passou por uma situação difícil com o braço, que ainda não estava a 100%, e na próxima corrida haverá menos risco de reinjurar o braço. Não tenho dúvidas de que é apenas uma questão de tempo e condição física para voltar a ver o melhor Marc”.
Outro assunto abordado por Lorenzo no seu programa do Youtube foi o número de quedas observadas em Portimão, em particular o acidente do estreante Jorge Martin, que sofreu fracturas na mão e na perna depois de ter sido atirado com a Pramac Ducati para a gravilha do Autódromo Internacional de Portimão.
“Que a Michelin se concentre em melhorar o pneu dianteiro, criando menos desequilíbrio entre a aderência dos pneus traseiros e dianteiros, para que quando se perde o pneu dianteiro se possa salvar o acidente, como aconteceu com os Bridgestone no meu tempo, graças à grande aderência dianteira”.
“A menos que alguém se chame Marc Marquez, ultimamente há poucas quedas como estas que não resultaram em lesões graves”.