MotoGP, 2021, Le Mans – Rossi: “Correr assim é perigoso”.

Por a 15 Maio 2021 20:15

Valentino reapareceu entre os primeiros e qualificou-se no nono lugar em Le Mans. A sua interação com a moto está a melhorar, mas menos com a pista francesa, devido ao mau tempo que está a afectar o fim-de-semana da corrida.

O piloto italiano vislumbra uma pequena luz ao fundo do túnel, graças ao nono tempo mais rápido na qualificação para o GP de França. O fim-de-semana francês está a dar alguma satisfação ao nove vezes campeão mundial, mas ainda há trabalho a fazer para se conseguir um bom final na prova, reconhece.

UM CLIMA DE DIFÍCIL COMPREENSÃO

“Este resultado é definitivamente um passo em frente em comparação com as corridas anteriores: parto da terceira fila, o meu ritmo não é mau, especialmente no piso seco”, analisou Rossi após a qualificação.

“Esta manhã, com a pista molhada, não fui muito rápido, mas todas as Yamahas sofreram. As condições meteorológicas eram difíceis, mas encontrámos uma janela que nos permitiu ter uma sessão de qualificação seca. A previsão para amanhã é semelhante à de hoje. Vai ser difícil, veremos. As condições aqui podem ser assustadoras porque mesmo que a pista seque cedo, ainda há manchas de humidade que são difíceis de gerir. A corrida durará 42 minutos, e hoje o tempo mudou pelo menos três vezes em 42 minutos.”

Valentino continuou a explicar porque é que as corridas em Le Mans, nesta altura do ano, podem ser perigosas. “Corridas como esta são perigosas, parece a Malásia: estas condições, com tanta chuva e temperaturas baixas, são as piores. Não sei o quanto poderia mudar ao atrasar a corrida em duas semanas, mas poderia ser um pouco melhor. Não depende de nós, há muitas dinâmicas por detrás destas decisões”.

PROBLEMAS NO PISO MOLHADO

A Yamaha é rápida no seco mas as coisas mudam de figura quando chove. “Olhando para a M1, em tempos recentes parece sofrer muito no molhado, temos dificuldades em acelerar em comparação com a concorrência. Ontem éramos rápidos, hoje tínhamos mais problemas e não sei porquê”.

“No Q2 seguimos o conselho do meu treinador Galvira e começámos com slicks, infelizmente na última curva da segunda volta cometi um erro que me fez perder tempo e confiança. Depois disso preferi manter-me conservador, mas poderia ter feito melhor. Montagem de um novo pneu dianteiro? Não sei se teria sido uma vantagem, nestas condições é melhor permanecer no bom caminho e tentar melhorar”.

No lado positivo, há as melhorias mostradas nos testes após o GP espanhol. “No teste de Jerez fui melhor, em Le Mans confirmei estes progressos. Demos um passo, mas esperamos fazer mais e lutar por melhores posições. Na minha opinião, estamos a trabalhar bem, na minha box ainda há muito a fazer, mas estamos a melhorar”.

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Ricardo Ferreira
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