MotoGP, 2021, Jerez: Puig abre-se sobre as dificuldades da HRC

Por a 4 Maio 2021 16:00

Para lá dos pilotos, também o gestor da Honda comentou a situação com a marca… Pela primeira vez, o Chefe da Honda Repsol admitiu abertamente que a fábrica japonesa está a enfrentar problemas em 2021

“Estamos a enfrentar alguns problemas” Alberto Puig

Alberto Puig, da Honda Repsol, geralmente inflexível nas suas opiniões, admitiu pela primeira vez que o HRC está “a enfrentar alguns problemas”.

Os seus comentários vêm depois de Pol Espargaró ter definido o fim-de-semana como “uma confusão”, acreditando que os três pacotes diferentes em Jerez estavam a fazer mais mal do que bem, e Marc Márquez admitiu igualmente que estavam “a debater-se muito”.

Puig diz que “novas peças” estão a chegar, e foi certamente o caso no Teste Oficial, com a fábrica japonesa a revelar cinco pacotes aerodinâmicos diferentes, três chassis diferentes e toda uma série de outros itens novos enquanto procuram ultrapassar a sua actual situação difícil.

“O ponto negativo é que nós, como Honda HRC, compreendemos que estamos a enfrentar alguns problemas com a moto” começou por dizer o chefe da Honda Repsol.

“Mas já os conseguimos reconhecer. Estamos a dar o nosso melhor, estamos a trazer novas peças e estamos dispostos, a trabalhar arduamente, a dar o nosso melhor aos pilotos para as próximas corridas”.

Puig, que estava ausente em Jerez com problemas de saúde, elogiou, no entanto, a luz principal da Honda em Jerez: Takaaki Nakagami (Honda LCR Idemitsu).

O japonês igualou o seu melhor resultado de carreira ao acabar 4º, tirando o máximo partido absoluto do chassis de 2020 à sua disposição.

“Certamente, a corrida de Nakagami foi um dos pontos muito positivos do domingo em Jerez”, admitiu Puig. “Ele superou os problemas físicos que sustentou na sua queda em Portimão, e mostrou que é mentalmente muito forte”.

Taka não estava em perfeitas condições, mas fez uma boa corrida e ficou apenas a 0,7s do seu primeiro pódio na classe rainha.

“Outro ponto positivo foi que Marc Márquez e Pol Espargaró ficaram bem depois de ambos terem sofrido grandes quedas. Marc, apesar de duas quedas muito rápidas, conseguiu terminar a corrida dez segundos atrás do líder e o que é importante, ficou três segundos mais perto do vencedor do que em Portugal”.

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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