MotoGP, 2021: Davide Brivio de volta à Suzuki Ecstar?

Por a 28 Outubro 2021 13:23

O gestor da equipa Davide Brivio deixou a Suzuki em janeiro e foi para a Alpine (antiga Renault) na Fórmula 1. Agora quer voltar ao MotoGP.

No dia 31 de dezembro de 2020, o italiano Davide Brivio surpreendeu o paddock de MotoGP com o anúncio da sua saída da equipa Suzuki Ecstar para a equipa de Fórmula1 Alpine. Com os pilotos Joan Mir e Alex Rins, Brivio tinha conseguido o título mundial com Mir e o terceiro lugar no Campeonato do Mundo de MotoGP numa temporada em que o Corona Virus se espalhava pelo mundo.

Acontece que os dirigentes japoneses da Suzuki esqueceram-se de renovar o seu contrato e Brivio tinha sido um elemento crucial no regresso da  Suzuki ao MotoGP depois de 2013 e 2014 com as novas motos de quatro cilindros em linha GSX-RR.

“Estou a familiarizar-me com o meu novo ambiente. Há bastante espaço de armazenamento no meu disco rígido pessoal no andar de cima. Toda a tecnologia da Fórmula 1 é empolgante e fascinante ”, explicou Brivio após os primeiros testes de Fórmula 1 no inverno. “Pensei bem neste passo. A Fórmula 1 é um calibre diferente, com equipas de corrida que empregam até 1.000 especialistas. Mas também estava curioso para ver como tudo funciona nos bastidores e como uma máquina de corrida altamente complexa é projetada, construída e usada. A curiosidade desempenhou um papel importante na minha decisão. “

Mas a hierarquia na equipa Alpine foi complicada desde o início. Davide Brivio como diretor desportivo e Marcin Budkowski como diretor de equipa de corrida, dividem as tarefas de gestão da formação francesa. Brivio e Budkowski trabalham diretamente com o CEO da Alpine, Laurent Rossi, que por sua vez se reporta diretamente ao CEO da Renault, Luca de Meo.

Acontece que em Itália. suspeitou-se recentemente que Brivio já estava exausto na Alpine e que voltaria ao MotoGP. Tanto a Suzuki como a nova equipa Ducati VR46 de Rossi com Marco Bezzecchi e Luca Marini, constituiam fortes possbilidades para o seu regresso.

No entanto, Valentino Rossi desfez logo a ideia no GP de Misano: “Agradeço muito ao Davide, mas ele não vai fortalecer a nossa equipa em 2022. “

Este ano Davide Brivio começou a equacionar a possibilide de um regresso ao MotoGP numa visita ao GP da Estíria em Spielberg, no dia 7 de agosto. No ano passado, quem lhe endereçou o convite para a Fórmula 1 foi o próprio CEO da Renault, Luca de Meo, mas pelos vistos com falsas promessas. Diz-se que lhe foi prometido o cargo de gestor de topo da Alpine na Fórmula 1, mas a realidade é bem diferente.

Os seus poderes são bastante limitados na equipa, não consegue avançar muito e não poucas vezes debate-se com faltava de know-how para as corridas de automóveis e a Fórmula 1, ou seja, no fundo a Fórmula 1 provou ser um tanque cheio de tubarões para Brivio.

Brivio não previa inicialmente este regresso à Suzuki em 2022, mas o problema é que não há posições de chefia disponíveis noutras equipas, e por outro lado, o italiano também não consegue imaginar-se a trabalhar numa equipa-satélite de MotoGP. Os altos funcionários da Dorna, estão agora a tentar uma aproximação entre Brivio e a equipa Suzuki Ecstar, porque os japoneses ainda não contrataram um sucessor para Brivio.

“Davide fez um trabalho muito bom na Suzuki em 2020 e nos anos anteriores,” disse o CEO da Dorna, Carmelo Ezpeleta, com notável apreço.

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