MotoGP, 2021, Catalunha: A Honda nos treinos pós-corrida

Por a 8 Junho 2021 15:30

A Honda não deixou nada ao acaso em Barcelona, trazendo da sua base nos arredores da pista várias motos, em particular para Marc Márquez experimentar

“Estou completamente derreado, mas precisava de um dia assim!”

Marc Márquez


Os resultados da equipa do H alado este ano são quase embaraçosos: O melhor que a Honda conseguiu até agora, depois de sete corridas sem nenhum pódio, foi o quarto de Nakagami em Jerez, e a seguir, incrivelmente, o sexto da Alex Márquez em França.

Marc Márquez, que em boa justiça perdeu as duas rondas de abertura no Qatar,  tem mostrado dificuldades em particular: não acaba há três corridas e isto tem a ver tanto com o seu físico ainda não estar a 100%, como com a consequente preparação da moto, para o piloto poder exigir mais dela.

Vimos na Catalunha que a Honda está a jogar com parâmetros como o afundamento dos garfos nos tês dianteiros, e possivelmente, embora isso não se possa detetar facilmente, também mesmo com diferentes mesas de direção para alterar o ângulo dos garfos, que pode ser variado e normalmente anda à roda dos 24°.

Quanto mais radical (vertical) estiverem os garfos, mais fácil e repentina a inserção em curva, mas à custa de tração traseira, obrigando a compensar com recuar a roda traseira o mais possível no braço oscilante…

Márquez falou também de uma diferença na aerodinâmica, que permitirá à equipa homologar duas opções de aletas, uma para lidar com diferentes pistas a mais altas velocidades, que Nakagami também testou.

Mais, e isto tem a ver com a resposta motor, na Catalunha várias das motos em Pista incluindo a de Nakagami e as de Márquez exibiam diferentes comprimentos de curvas de escape, um fator que tem a sua influência no rendimento do motor especialmente em alta…

As várias inserções de carbono no quadro para variar pontos de rigidez e controlar a flexão deste, bem como variações no pivô do braço oscilante.

Esta alteração, conseguida inserindo uma placa que varia a altura do furo onde aperta o veio, tem uma grande influência na atitude da moto sob aceleração e à entrada de curva e parece que várias opções foram também experimentadas. Quanto a Nakagami, mais uma vez conseguiu ser a melhor Honda, em terceiro no final, sem mais nenhuma Honda a conseguir entrar no top 10!

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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