MotoGP, 2021: As mudanças na Honda RC213V
Simon Crafar, o ex-piloto de 500 e especialista residente da MotoGP, comentou o progresso visto, ou adivinhado, na versão de 2021 da poderosa RC213V
O Neo-Zelandês, que também já trabalhou para a Ohlins, debruçou-se um bocadinho sobre os desenvolvimentos notados na Honda RC213V do final da época passada para a moto de 2021:
“A primeira diferença que se nota de imediato tem a ver com o escape: Os silenciadores são mais longos na ponteira e parecem ser mais estreitos… Com o desenvolvimento do motor congelado, faz sentido procurar melhorias nos componentes periféricos… Não se trata de aumentar a potência, porque já há tanta, mas de a colocar onde pode ser mais útil.”
“No motor, hão-de ter trabalhado em detalhes para refinar as admissões com a eletrónica, potenciar a entrega através das curvas de injeção e tudo isso.”
Outro ponto modificado segundo Crafar é a busca de rigidez do chassis.
“A suspensão não reage muito bem a comprimir em inclinação, pelo que é necessário ter alguma flexão do chassis… Isto foi feito com a viga principal do quadro a apresentar um perfil nitidamente diferente e mais alargado, e também a zona vertical traseira que agarra os poisa-pés do piloto.”
“Essa zona é muito importante, porque apoia não só os poisa-pés mas o veio do braço oscilante, e os tirantes do amortecedor, e vai ter uma grande influência na aderência à entrada e saída de curva, que era uma queixa frequente dos pilotos Honda o ano passado.”
“Vimos que Alex Márquez adotou um novo tirante a partir de Misano, bem como o novo amortecedor da Ohlins, e foi quando os seus resultados começaram a aparecer!”