MotoGP, 2021: As expectativas de Marc Marquez para o regresso ao MotoGP
Marc Marquez entra na época de 2021 de MotoGP com uma enorme incerteza em torno da sua participação e condição física. O piloto da Repsol Honda falhará o primeiro teste oficial no próximo mês no Qatar, mas continua positivo quanto às suas perspetivas para a época 2021. Resta saber se o teste é tudo o que o oito vezes campeão do mundo irá falhar.
No recente lançamento do HRC, Marc Marquez juntou-se ao novo companheiro de equipa Pol Espargaro para apresentar a nova moto. O oito vezes campeão mundial de Cervera deu a sua opinião sobre aquilo de que mais sentiu falta nas corridas em 2020, quanto tempo demorará a adaptar-se novamente à pilotagem após o seu mais longo período longe do desporto, e potenciais rivais em 2021.
Quando questionado sobre o que mais lhe fazia falta nas corridas, Marquez afirmou que era uma situação difícil e que até sentia das coisas de que normalmente não gosta: “Obviamente sinto falta das corridas, sinto falta da adrenalina, mas sinto falta de tudo um pouco. Normalmente odeio eventos e todas estas coisas, mas até disso tenho saudades”.
“Na primeira parte da lesão, senti falta de estar na pista, de estar a correr e a competir e de ter essa adrenalina. Depois comecei a sentir muita falta da equipa, depois começa-se a sentir falta do ambiente dos circuitos e depois até dos eventos, das entrevistas, dos jornalistas, mas agora, passo a passo, como já disse, sinto que esse sentimento voltará em breve”.
Com Marquez fora de jogo, excepto na ronda de abertura de 2020, isso significou que pela primeira vez desde 2015 (quando Jorge Lorenzo venceu o campeonato do mundo) que um campeão sem o nome Marquez seria coroado.
Questionado sobre os seus potenciais rivais percebe-se que Marc Marquez não quer conversar muito sobre isso. “Não me interessa quem será o mais forte porque tenho outros objectivos, mas obviamente para responder à pergunta; será Yamaha, Ducati, Suzuki”.
“Claro que na Suzuki, sendo o Mir o Campeão do Mundo, será ele a defender o título. A Suzuki fez um excelente trabalho no ano passado por isso são eles o alvo a bater. A Yamaha, Ducati e até a KTM, terminaram de uma forma muito boa com Oliveira, mas agora isso não me interessa, não é a minha batalha”.
Quando Marquez der os próximos passos no regresso às corridas com o MotoGP, passará quase um ano desde a última vez que o fez. É, de longe, a maior quantidade de tempo que o jovem de 28 anos esteve fora do MotoGP. Acerca disto e sobre quanto tempo demorará a adaptar-se à moto uma vez mais, disse: “A questão é que esta é uma pergunta difícil, porque é a primeira vez na minha vida, na minha carreira, que há seis, sete, oito, nove, dez meses estou sem andar de moto, com uma grande lesão”.
“Claro que a primeira vez que andar de moto não estarei verdadeiramente a 100% porque uma coisa é estar 100% do lado dos ossos e outra é estar a 100% no lado muscular e tudo o resto. Veremos se é preciso uma corrida, duas corridas, metade da temporada para ser o mesmo Marc”.
A ronda de abertura da temporada está agendada para 28 de Março no circuito internacional do Losail, e tal como os fãs, equipas e pilotos estarão interessados em ver a condição de Marquez.