MotoGP, 2021, Algarve – Miguel Oliveira (KTM): “Ainda não atingi o meu máximo”
A presente temporada de MotoGP não tem sido fácil para o piloto da KTM Miguel Oliveira, por vários motivos. Confessa que chegou a não ter quase nenhuma conexão entre ele e a moto, mas está disposto a brilhar novamente em Portimão.
Até às férias de verão, Miguel Oliveira fez parte do restrito círculo de candidatos na luta pela decisão do Mundial de MotoGP. O português venceu em Montmeló e foi segundo no pódio em Mugello e em Sachsenring. Também marcou onze pontos em Assen, mas depois da queda em Spielberg as coisas pioraram, e nas últimas sete corridas o piloto português somou apenas sete pontos. Na Áustria, ele teve um problema com os pneus e uma lesão, mas essas duas razões, por si só não são suficientes para explicar tudo. “Foi definitivamente uma época difícil, especialmente na segunda parte”, confirmou Oliveira numa entrevista ao Motogp.com.
“Foi difícil lutar contra esses pequenos problemas. Mas também é uma temporada em que sinto que poderia ter feito muito melhor em alguns circuitos. Apesar dos contratempos, sempre mantivemos uma atitude positiva e lutamos em todas as corridas para tirar o melhor proveito.”
Mas a temporada começou de forma problemática. Chegados à quinta prova do campeonato de Le Mans, Oliveira somava apenas nove pontos na sua conta pessoal. E para além disso, não tinha pontuado sequer no primeiro GP em casa, de Portimão.
“A partida foi uma catástrofe, pois tivemos grandes problemas com a composição do pneu dianteiro”, explicou Oliveira. “O conceito da nossa moto influencia a dianteira. Queríamos um pneu muito rígido e com este conceito vencemos três corridas em 2020. Isso não era mais possível este ano. Tivemos que mudar a filosofia, por isso mudamos a abordagem para os fins de semana. Mugello foi o ponto de viragem e os pormenores passaram a combinar melhor. “
Após um segundo lugar em Itália, a vitória na Catalunha e outro segundo lugar na Alemanha – onde foi o único piloto a seguir no encalce de Marc Marquez, o piloto de Almada não sumou qualquer ponto nas duas corridas de Spielberg, onde curiosamente no ano anterior tinha vencido. E, definitivamente, as coisas começaram novamente a correr mal ao piloto da KTM.
“Tive o acidente na Áustria e a minha mão ficou em mau estado. Essa lesão afetou-me mais do que eu suspeitava. Não foi um momento fácil porque tive de diminuir as minhas expectativas enquanto tentava compreender e desenvolver a moto. Não havia conexão entre mim como piloto e a moto.”
Segue-se a prova de Portimão onde o português conseguiu uma vitória implacável em 2020 com a KTM Tech3 de Hervé Poncharal, mais o desfecho final em Valência. Previsivelmente, haverá ‘fome de vitórias’ por parte de Miguel Oliveira?
“Não estou com fome, mas anseio por resultados para terminar bem a temporada. Vou abordar a segunda corrida de Portimão como outro Grande Prémio. No entanto, esta corrida é certamente algo especial para mim “
Sobre o seu próprio desenvolvimento, Oliveira afirma: “Sou um dos melhores pilotos da grelha, embora ainda não tenha atingido o meu máximo. Tenho a sensação de que posso extrair muito mais de mim mesmo e realizar muito mais. “
Bom dia,
Falhei a notícia ou aqui ninguém deu nota do feito alcançado pelo Ivo Lopes no passado fim-de-semana ao sagrar-se campeão de Superbikes em Espanha, no que será, talvez, o campeonato Europeu mais competitivo?
Obrigado.