MotoGP, 2021: Alex Márquez já não se guia pela configuração de Marc

Por a 1 Março 2021 15:59

Alex Márquez espera corridas loucas para a estreia no MotoGP no Qatar. Antes disso, porém, o piloto da LCR olha para o seu ano de estreia e revela o que os pilotos da Honda querem para 2021

“Na primeira metade da temporada, estava mais perto da afinação que o Marc usava normalmente…” Alex Márquez

Com dois segundos lugares em Le Mans e Aragón no ano passado, depois de um início de época difícil, Alex Márquez foi uma das surpresas positivas de um louco Campeonato do Mundo de MotoGP de 2020.

Como surgiu este aumento, foi devido à moto ou ao desenvolvimento do piloto? “Acho que foi um desenvolvimento de ambos os lados”, disse o espanhol de 24 anos em retrospetiva.

A moto não muda tanto durante a época, mas é verdade que demos um grande passo na prova de Misano. Mas não é como algumas pessoas pensam que ficas com uma Honda diferente. Acho que é um desenvolvimento natural para um piloto que está a viver o seu primeiro ano de MotoGP. Tens de trabalhar e aprender muitas coisas.”

Para piorar as coisas, depois da pausa forçada, apenas foi possível fazer um dia de teste em Jerez.

Na segunda metade da temporada, porém, o jovem Márquez sentiu-se cada vez mais confiante:

“Nessa altura, pensei que podíamos começar por mudar um pouco mais a configuração. Primeiro, na primeira metade da temporada, estava mais perto da afinação que o Marc usava normalmente, mas sabíamos que esta configuração é um pouco crítica para o pneu dianteiro. No entanto, é a maneira de guiar esta moto e ser um pouco mais rápido. Por isso, fui mais naquela direção, o que foi bom para mim. Sentia-me mais confortável, era inacreditável como melhorávamos a sensação de um dia para o outro. Mas, como disse, foi também um impulso natural.”

O bicampeão mundial foi transferido da Honda Repsol para a equipa satélite LCR para 2021, mas ainda goza de todo o apoio da Honda.

“A Honda focou-se mais nas pequenas coisas, porque os fabricantes não estavam autorizados a fazer nada em relação ao motor. Acredito que vamos ter uma moto muito semelhante, não uma revolução, apenas uma evolução da mota que montamos na segunda metade do ano passado. Isto pode ser muito bom porque sei o quanto a Honda trabalhou no inverno. Vamos testar novas peças no Qatar e esperamos que funcionem.”

“É importante que a moto não tenha mudado muito. A partir do segundo dia, no entanto, vamos tentar coisas diferentes!”

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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