MotoGP, 2020, Valência: “Honda ou me faz mais forte, ou me destrói”, diz Espargaró

Por a 4 Novembro 2020 14:00

Pol Espargaró falou em detalhe sobre a sua mudança para 2021 da KTM para a Honda. Fala também do seu novo companheiro de equipa Marc Márquez e da sua motivação para vencer o ainda campeão do mundo.

Muito cedo nesta temporada de MotoGP encurtada, Pol Espargaró tomou uma decisão promissora. O espanhol decidiu que em 2021 já não iria correr pela KTM Red Bull Factory Racing Team, mas ao lado do ainda campeão mundial Marc Márquez na Honda Repsol.

Espargaró, que anteriormente causou controvérsia e a ira dos fãs portugueses quando menosprezou a vitória de Miguel Oliveira na Áustria, dizendo que “fui eu que construi a moto em que ele ganhou”, comentou a sua iminente mudança:

Quando se toma uma decisão, deve ser uma decisão que nos leve para a frente. É estúpido dizer que teria sido uma decisão melhor ficar. Naquele momento, foi a melhor decisão que podia tomar.”

Na tabela do Campeonato do Mundo, o mais novo dos dois irmãos Espargaró está um lugar atrás do melhor piloto da Honda, pois Takaaki Nakagami tem mais dois pontos no seu total.

No Campeonato do Mundo de Construtores, a KTM tem uma vantagem de 26 pontos. Naturalmente, isto deve-se também ao facto de Marc Márquez ter sido afastado devido a lesão este ano.

Na classe de MotoGP, Espargaró já competiu pela Yamaha e pela KTM. O seu melhor resultado no mundial foi o sexto lugar em 2014. Agora aventura-se no seu terceiro fabricante.

“Não sei o que posso conseguir noutra equipa. Mas a mudança dá-me uma dose de motivação extra para continuar a melhorar e trabalhar em mim mesmo.”

No futuro, Espargaró conduzirá ao lado de Marc Márquez. “Ele é o melhor piloto do mundo e nós andamos numa das melhores motas do mundo, se não ficares motivado por este desafio, não sei. Este é um passo importante na minha carreira, a mudança ou me vai tornar mais forte ou destruir-me. Mas estou ansioso por isso.

Estou curioso para ver o que torna Marc Márquez diferente dos outros pilotos. Só pode descobrir quem está na boxe ao lado e pode avaliar os dados. Se conseguir acompanhar o seu desempenho, isso é ótimo. Se não conseguir, caio a tentar”, diz Espargaró quase reverentemente.

Olhando para o próximo fim de semana do GP em Valência, Espargaró espera obter a sua primeira vitória na classe rainha.

Os seus colegas de marca Brad Binder e Miguel Oliveira já deram este passo. “Nunca se sabe quando vai acontecer. Brad não esperava a sua vitória na República Checa e depois conseguiu-o. Espero poder fazer o mesmo em Valência. Mas se não der certo, então um pódio já seria bom para mim”, diz Espagaró.

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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