MotoGP, 2020, Portimão: Válvulas o calcanhar de Aquiles, diz Lin Jarvis

Por a 20 Novembro 2020 14:00

Lin Jarvis da Yamaha falou na conferência de imprensa pré-evento para o Grande Prémio MEO de Portugal e referiu as vitórias da marca, mas também os problemas

“foi como andar com um saco de pedras às costas”


O grande perdedor da época de 2020 foi talvez a Yamaha, que apesar de ter ganho o maior número de corridas, 7 de 13 até aqui, se viu relegada para uma posição secundária no final do campeonato.

Lin Jarvis, diretor de competição da marca e manager da equipa oficial Monster Energy, teve isto a dizer:
“É difícil fazer uma avaliação única, foi uma época muito difícil para todos os que estamos aqui, para todos os pilotos, e para as equipas, com a situação do Covid foi tudo muito duro em geral.”

“É um crédito para a organização que ao fim deste tempo conseguimos acabar por ter 14 corridas, nestas circunstâncias para nossa equipa foi pesado.”

“Tivemos os nossos altos e baixo, começamos em alta no princípio do ano em Jerez, fizemos duas dobradinhas no pódio, mas embora vencêssemos as corridas, em Jerez também descobrimos o nosso calcanhar de Aquiles, que foi aquele problema com as válvulas…”

Logo na primeira corrida, o Maverick teve aquele problema e depois o Valentino também, e foi um problema que nos seguiu durante todo o ano, e que obviamente impediu alguns dos nossos pilotos de ter melhores resultados, porque nós tivemos que modificar a configuração da moto para ser mais fiável, e limitar o regime de alguns motores, e claro, tivemos que pôr de lado alguns motores, pusemos de lado oito motores ao longo do ano, e isso criou uma situação muito difícil para os nossos pilotos, que acabou por nos penalizar.”

“No final do ano, finalmente em Valência, tivemos aquela resolução de nos penalizar, que afetou a nossa posição como fabricante, mas foi uma situação muito difícil… Foi como andar com um saco de pedras às costas todo ano!”

“Tendo dito isso, vimos muitas vitórias, por isso a nossa moto este ano claramente era muito forte, capaz de vencer em circunstâncias diferentes, e foi também pouco habitual porque a equipa Petronas ganhou seis corridas e a equipa de fábrica só ganhou uma corrida, até aqui, ainda falta este fim-de-semana!”“A Yamaha em geral foi competitiva, mas não conseguimos o nosso objetivo que era, obviamente, ganhar o mundial e tiro o chapéu à Suzuki pela sua consistência e pela maturidade que o Joan Mir mostrou ao vencer o campeonato.”

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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