MotoGP, 2020, Portimão: As celebrações de Miguel Oliveira
A chegada ao Parc Fermé de Miguel Oliveira, após a sua histórica segunda vitória do ano em Portimão, foi um momento inesquecível na história da época de 2020 de MotoGP, só agora revelado pelos vídeos da MotoGP
Miguel pára no recinto e o primeiro cumprimento veio do seu adversário Jack Miller, em segundo, que disse, apanhado pelos microfones e câmaras da Dorna:
“Boa vitória, Miguel, hoje estavas, simplesmente, rápido demais!”
Ouvem-se gritos de “Inacreditável!” “Fantástico” com sotaque francês de alguns elementos da Tech3, enquanto a pessoa seguinte a vir abraçar Miguel emocionado é Hervé Poncharal, Diretor da equipa, que diz:
“Incrível, incrível, não posso acreditar, mataste-os a todos, mataste-os a todos!
Foi muito longa, foi tão longa para ti também?”
“Sim, para mim também – responde Miguel – muito longa!”
Pit Beirer, Director de Competição da KTM, é o seguinte:
“Parabéns, não sabemos como o fizeste, mas tu obviamente sabias como o fazer! Não falamos a língua, nem conhecemos o circuito, mas tu obviamente sim!”
“Foi incrível como um relógio, loucura!”
A que Miguel réplica: “Senti-me bem, estava descontraído e vi que depois de um par de voltas tinha um avanço de 1,5 segundos e já não precisava de fechar as trajectórias!”
“O pneu portou-se como querias?”
“Sim, tudo correu bem, como um sonho!” – responde Miguel
“Obrigado Miguel, que corrida, que primeira vitória em casa, ritmo inacreditável!” – diz outro elemento da KTM em cumprimento.
Brad Binder vem abraçar Miguel e explicar a sua queda: “Foi logo na Curva 1 bloqueei a frente e aí!”
AH, foste tu que deixaste aquela linha negra que ficou lá?” – diz Miguel, bem disposto.
“Hoje estavas muito rápido para eles, diz Binder em despedida.
Depois do pódio, Miguel ainda se refresca na box, aparece com uma rara cerveja na mão:
“Ainda não acredito”- diz Miguel a Poncharal dentro da boxe – “a Matilde (filha de Poncharal) disse-me que tu estavas muito calado hoje!”
“Sim, eu não queria dizer nada, e não queria dizer que ninguém disseste nada porque fazia-me nervoso!”
“Tu fizeste uma coisa inacreditável hoje, eu não queria dizer nada ou pedir-te que reduzisses o ritmo porque às vezes perde-se concentração, mas estava a contar as voltas…” – e repete:
“Foi incrível, fizeste uma coisa incrível uma obra prima!”
Um abraço mais apertado, claro, estava reservado para o pai Paulo Oliveira e Miguel acabou transportado em braços pela Pit Lane antes de inevitável fotografia de grupo. Para a história!