MotoGP, 2020: Oliveira, duas vezes vencedor…reflexões sobre uma época única
Corridas canceladas, 9 vencedores, uma nova marca e um novo Campeão, e um português entre os maiores vencedores de uma época que veio acabar em Portugal após uma ausência de 8 anos… que mais poderia acontecer em 2020?
Depois de 14 corridas numa estranha época comprimida em poucos meses em circuitos europeus para lidar com a Pandemia de Covid, a temporada chegou ao fim com uma vitória sensacional de Oliveira e muitos factos únicos a registar.
O primeiro, claro, foi um começo hesitante com a crise do Covid e logo o Qatar a deixar as MotoGP de fora…
Depois, a época reiniciada só em Julho em Jerez, com Quartararo a fazer a vitória parecer tão fácil duas vezes seguidas, Márquez afastado e tudo a continuar com a eventual presença de nove vencedores diferentes.
A ausência de Marc Márquez teve o condão de equilibrar muito mais o campo, permitindo a pilotos como Quartararo, Binder, Oliveira, Morbidelli e finalmente Mir sagrarem-se vencedores pela primeira vez esta época.
A KTM tornou-se um caso sério e, por contraste, a montanha da nova Aprilia afinal converteu-se num ratinho…
Após muitos cancelamentos, que viram a série correr só na Europa, lembrando os primeiros anos do Campeonato, tudo tinha começado com o domínio da Yamaha de Quartararo e de facto, acabou com o domínio da outra Yamaha da Petronas, a de Morbidelli, o Italiano a lutar pelo título até à penúltima ronda.
Porém, a grande sensação foi, de facto, a Suzuki Ecstar: ambos os pilotos da equipa mostraram consistência inigualável com Rins e Mir a vencer, e a série final de 5 pódios de Mir, só interrompida por Le Mans, a garantir-lhe o título finalmente por 13 pontos sobre Morbidelli.
Finalmente, a vitória sensacional e dominante de Oliveira em Portimão aqueceu os corações da MotoGP, da KTM, da Tech3 e de milhares de portugueses, que certamente passarão a seguir o Campeonato com mais interesse, agora que um português pode, e consegue, vencer!
Com várias mudanças para 2021 já documentadas, e veteranos afastados este ano a dar lugar a pilotos novos a chegar à classe uma coisa é certa: 2021 vai ser muito diferente, mas já promete ser igualmente competitivo!