MotoGP, 2020, Misano: Espargaró insatisfeito com 10º
Depois de um modesto décimo lugar no GP de San Marino, Pol Espargaró diz que a KTM tem de aprender com os erros.
Com o 10º lugar, Pol Espargaró voltou a salvar a honra da Red Bull-KTM no GP de San Marino no domingo, apesar de confessar esperar mais, depois das fortes atuações em Brno e Spielberg e nos treinos livres de Misano. Mas três quedas na sexta-feira e no sábado fizeram-no qualificar no 11º lugar da quarta linha, mesmo à frente de Miguel Oliveira por 57 milésimas.
Pol Espargaró revelou que Johann Zarco o tinha atrasado durante muito tempo na corrida, até que Oliveira e Binder passaram pelo francês, que Pol voltou a agarrar no final. Durante muito da corrida, o Espanhol não conseguiu atacar devido a problemas nos travões, embora Miller e Nakagami não estivessem muito à frente após as 27 voltas.
“Não foi um bom resultado, mas sabíamos que não podíamos lutar por vitórias em todo o lado, seria inacreditável”, disse o 11º classificado por agora no Mundial. “Temos de fazer melhor no próximo fim de semana. Com certeza.”
Neste momento, parece que os pneus Michelin poderão ter um grande impacto no resultado final do Campeonato do Mundo, porque alguns fabricantes lidam melhor com as novas construções de pneu do que outros.
“Os pneus desempenham um papel importante”, confirma Pol de 29 anos. “Acontece que na KTM preferimos uma mistura que os pilotos dos outros fabricantes não gostam. Por exemplo, composto S macio na frente, é uma mistura mais difícil, mas esse composto tem funcionado muito bem connosco, por exemplo, na Áustria e também em outras corridas. É por isso que éramos tão fortes. Não sei porque estas diferenças existem. Aqui em Misano, por outro lado, tivemos problemas com os pneus traseiros no primeiro fim de semana, não conseguimos afinar para uma boa reacção na travagem motor.
“O pneu dianteiro também não estava a reagir de forma excelente. Ao travar, o pneu traseiro sempre bloqueou. Era esse o problema principal. E o pneu dianteiro não conseguiu lidar com todo o stress provocado pelo pneu traseiro. Os adversários, por outro lado, foram superiores. Isto é difícil de compreender e difícil de aceitar, porque às vezes somos muito fortes e da próxima vez não somos tão bons ou somos mesmo muito maus, por exemplo no domingo, com 12 segundos atrás do vencedor. É muito.”
“O pior é que não compreendemos esta situação e estas causas muito bem”, acrescentou o piloto de fábrica da KTM. “A atribuição de pneus é algo que não podemos influenciar… No domingo, porém, a corrida não correu como planeado. Felizmente temos uma segunda corrida agora. Temos de analisar e resolver estes problemas. O teste de terça-feira também pode ser útil. Não podemos repetir os erros do último fim de semana. Tive de pagar amargamente pelo facto de ter começado tão detrás…”