MotoGP, 2020: Dovizioso recorda sucessos
Andrea Dovizioso deixou a Ducati depois de oito anos juntos. Apesar do Mundial de 2020 ter terminado em desilusão, o italiano de 34 anos não esquece os sucessos e grandes emoções que viveu
Andrea Dovizioso terá um ano sabático em 2021. O futuro dirá se poderá regressar à grelha de MotoGP. O que é certo é que a sua colaboração com a Ducati chegou ao fim depois de oito anos juntos e acabou com uma temporada dececionante de 2020: apenas um terceiro lugar no início em Jerez e uma vitória na Áustria a marcar a época.
O sonho do título permaneceu por cumprir para o vice-campeão de MotoGP de 2017, 2018 e 2019.
No entanto, o italiano de 34 anos, de Forli, faz questão de destacar os sucessos: conseguiu um total de 40 pódios e 14 vitórias para o fabricante de Borgo Panigale.
“Se temos o poder de despertar emoções nas pessoas, e eu tenho tido sorte nos últimos três anos, isso não tem preço. Nem todos podem fazer isso e o facto de eu ter estado nesta situação é uma coisa fixe”, exultou em retrospetiva.
“Eu digo sempre que as pessoas esquecem o passado rapidamente. Acho que ninguém esperaria que me desse tão bem com a Ducati. Para ser honesto, também não, tendo em conta onde começámos e quão longe estávamos”, recordou “Dovi” referindo os primórdios da Ducati.
“O facto de que ganhámos muitas corridas e lutarmos pelo título durante três anos é realmente algo em grande, melhor do que o esperado. Mas como correu este ano… Sinceramente, esperava que acabasse melhor. Mas as corridas são assim !”
O italiano, no entanto, viveu a despedida de Borgo Panigale “sem qualquer preocupação”:
“Todas as decisões têm prós e contras. Posso viver bem com isso. Não estou a dizer que teria sido melhor. Houve situações e dinâmicas diferentes – e fiquei bem como tudo está.”
O que gostaria de mudar na Ducati? Dovi escolheu as suas palavras com cuidado antes de responder, sugerindo que o problema era da gestão:
“Mais do que falar de coisas técnicas, gostaria de ter mudado outras coisas que acho que poderiam ter influenciado muitos aspetos. Acho que há muitas pessoas na Ducati que são muito competentes, e é por isso que poderiam ter feito outras coisas, não melhor ou pior, mas de forma diferente. Lamento não ter conseguido influenciar isso.”