MotoGP, 2020, 10 factos: O ano dos privados
Revemos os 10 factos mais importantes que marcaram a época de 2020: Um foi, sem dúvida, a ascensão dos privados e equipas independentes
Oito vitórias em 14 corridas de MotoGP, cinco pilotos no top 10 no total : este ano vimos as equipas satélite e pilotos independentes subirem à liderança a maior parte do Campeonato
Numa louca temporada de Campeonato do Mundo de MotoGP de 2020, onde vimos quase tudo o que um desporto nos pode atirar, as Equipas Independentes subiram ao topo.
A KTM Red Bull Tech3 e Miguel Oliveira encerraram uma campanha cintilante com 25 pontos num Grande Prémio MEO de Portugal que viverá muito tempo na memória de muitos.
Na verdade, os três primeiros de ontem eram todos pilotos independentes.
A equipa de Hervé Poncharal está na sua segunda temporada nas máquinas KTM RC16, depois de uma longa e bem sucedida passagem pela Yamaha.
Mas a vitória na classe rainha tinha-os eludido até este ano. Isso terminou graças à jogada de última volta do herói português na Áustria, quando a Equipa Independente Francesa, conseguiu a sua primeira vitória.
Mas também sinalizou a contínua mudança que começámos a ver nos últimos 18 meses ou mais : pilotos das Equipas Independentes a levar a luta aos pilotos das fábricas.
Como sabemos, Jerez foi dominado por um homem: Fabio Quartararo. A equipa da Yamaha Petronas SRT teve uma brilhante temporada de estreia no MotoGP em 2019 e, apesar das aspirações ao título terem ficado à beira do caminho em 2020, venceram seis das 14 corridas desta temporada: Os dois triunfos de Quartararo em Jerez e um em Barcelona, e os espetáculos de San Marino, Teruel e Valência de Franco Morbidelli.
Adicione-se a dupla de Oliveira à equação e as Equipas Independentes venceram 8 corridas em 2020, mais de metade das 14 disputadas. É impressionante.
E se depois contarmos com os pódios de Jack Miller este ano, quatro deles, o pódio do colega de equipa da Pramac Francesco Bagnaia em Misano e o de Johann Zarco da Ducati Esponsorama com o seu terceiro lugar em Brno, a chegada em força dos independentes fica ainda mais clara.
Pode-se argumentar que sim, os pilotos da KTM e da Pramac e Quartararo da Petronas estão em máquinas de especificação de fábrica, mas os próprios pilotos dirão, estar numa fábrica faz a diferença, pro causa dos maiores recursos e apio direto.
O crédito vai para os pilotos, as próprias Equipas Independentes e os organizadores da série: A Dorna, a IRTA e a FIM. 2020 mostrou-nos muitas coisas. Mas com nove vencedores diferentes e 15 finalistas no pódio diferentes, viu-se bem como são competitivas todas as motas da grelha, todas capazes de ganhar ou desafiar para a vitória.
Apenas quatro corridas não viram pilotos de uma Equipa Independente subir ao pódio, enquanto Morbidelli terminou em segundo lugar no Campeonato do Mundo com uma YZR-M1 com um ano.
Cinco dos 10 melhores da classificação geral são pilotos privados de Equipas Independentes, na pessoa de Morbidelli, Miller, Quartararo, Oliveira e Takaaki Nakagami da Honda LCR Idemitsu).
Miller ficou a apenas oito pontos dos três primeiros.
Em suma, o MotoGP é tão competitivo como jamais. Equipas Independentes que andam em cima das motos de fábrica semana após semana é um espetáculo imperdível. 2020 tem sido absolutamente sensacional e esperamos que 2021 seja ainda melhor!
Emocionante como sempre não esquecendo que estas lutas por pódios já não são de agora. A grande vantagem actual é mesmo as equipes satélite terem acesso ao material de fábrica muito mais rapidamente (obrigado KTM) porque pilotos de grande capacidade já haviam. E o facto de M. Marquez não ter gerido o risco na abertura da época e ter ficado fora da luta também contribui para haver vencedores diferentes e do meu ponto de vista ainda mais interesse nestas corridas! Ansioso por ver o que nos reserva 2021 com muitas trocas no padock e o regresso de Márquez.
✌️Drive safe!