Moto3: A crise de resultados da Mahindra

Por a 13 Junho 2017 16:44

Desde 2011, ano em que o construtor indiano chegou ao Mundial de MotoGP então na extinta categoria de 125cc que aos poucos vinha a ganhar o seu espaço na categoria mais baixa do Mundial, denominada desde 2012 de Moto3.

O próprio Miguel Oliveira em 2013 ofereceu à Mahindra o seu primeiro pódio ao terminar no terceiro lugar o  Grande Prémio da Malásia em Moto3 resultado que repetiu um ano mais tarde no GP da Holanda no mítico circuito de Assen, onde também foi terceiro. Perante tal evolução, paulatinamente mais equipas associaram-se à Mahindra, sendo o caso mais conhecido a Aspar Team, no Mundial de Moto3.

Até que o ano passado chegou o momento alto com o triunfo no Grande Prémio da Holanda em Moto3 precisamente por um piloto da formação de Jorge Martínez ‘Aspar’, Francesco Bagnaia, naquela que foi a primeira vitória do construtor indiano no Mundial

Bagnaia, que terminou o campeonato em quarto, viria a repetir o feito no GP da Malásia. Pelo meio a Mahindra esteve também presente na vitória de John McPhee no chuvoso GP da República Checa ainda que a moto do piloto escocês aparecesse com a designação de Peugeot, do qual a divisão de motociclos é detida em 51% pela Mahindra, e no espectacular quarto lugar do ‘wilcard’ Stefano Manzi no GP da Grã-Bretanha.

Perante tal evolução esperava-se que este ano a marca indiana continuasse a marcar uma presença forte no campeonato, mas até ao momento aconteceu precisamente o contrário. Com sete Grandes Prémios já decorridos a Mahindra somou apenas seis pontos e tem como melhor resultado três 14º lugares, sendo que o melhor piloto classificado no campeonato é o ‘rookie’  Marco Bezzecchi num distante 26º posto.

Um desempenho inesperado e que surge em contra-mão com aquilo que vinha a ser evolução da Mahindra no Mundial sempre coadjuvada desde 2014 pela muita experiência de Jorge Martínez na categoria mais baixa do Mundial.

Um dos factos que talvez ajude a explicar este cenário é a saída para 2017 dos dois pilotos da Mahindra Aspar Team, Francesco Bagnaia (subiu ao Moto2) e Jorge Martín (mudou-se para a Gresini) para as entradas de Albert Arenas e Lorenzo Dalla Porta, pilotos com menos experiência na competitiva categoria de Moto3.

Já a Manuel Pagliani e Marco Bezzecchi pouco mais se pode pedir do que um brilharete num ou outro Grande Prémio, pois estamos a falar de pilotos que estão ao cumprir o seu primeiro ano no Mundial representando a CIP, conjunto também há muito ligado à Mahindra mas sem o mesmo sucesso da Aspar Team.

Veremos qual será o evoluir da situação por parte das motos indianas na segunda metade do ano, sendo que o mesmos resultados modestos estendem-se à Peugeot, que apenas somou cinco pontos até ao momento não obstante ter nas suas fileiras Jakub Kornfeil, piloto que desde 2012 anda pelo Moto3.

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Alexandre Melo
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