Moto2, Remy Gardner: Quando o atual Campeão de Moto2 chegou a pensar em desistir

Por a 9 Dezembro 2021 13:47

Gardner chegou ao título de Moto2 este ano com uma corrida cautelosa em Valência na sua última participação com a KTM Ajo, antes de ascender ao MotoGP em 2022 com a Tech3 KTM. Mas, para trás, ficam momentos complicados nas classes juniores, onde lembra que chegou a pensar em desistir.

Estreando-se no campeonato do mundo de Moto3 em 2014 com 16 anos, o nativo de Sydney demorou até ao início da temporada de 2019 para conseguir o seu primeiro pódio em  Grandes Prémios, na Moto2, nas Termas de Rio Hondo, na Argentina.

A primeira vitória do australiano também só chegou na última jornada de 2020, em Portimão, mas Remy já começara a acumular vários resultados nos três primeiros, mesmo com uma moto mais velha que a dos rivais. Também por essa altura já tinha assinado o acordo com a KTM Ajo para disputar a época seguinte, parceria que lhe haveria de render 12 pódios, incluindo cinco vitórias.

Questionado se, durante os anos difíceis chegou a acreditar que seria um campeão mundial em 2021, Remy Gardner respondeu: “Provavelmente não”. E quando saltou da moto em Valência com a confirmação do título, esta foi a sua primeira frase: “Estou sem palavras”.

“Tantos anos de sofrimento, tantos pontos na minha carreira que pensei, ‘Não sou bom o suficiente, não vou conseguir’ e não sei como, mas mudei tudo e aconteceu. O meu título é um sonho que se tornou realidade, então só quero agradecer a todos aqueles que acreditaram em mim, na época em que poucas pessoas acreditavam. Para ser honesto, ainda hoje me custa a acreditar no título”, admitiu o jovem piloto de 23 anos.

“Passei por muitos anos difíceis. Foi só no ano passado que de certa forma mudei o meu chip, e tudo começou a ficar um pouco melhor.  Mesmo que eu não tivesse mais pódios, passei a estar com a minha mente sob controle e tudo se começou a encaixar melhor, mantendo-me sempre com um pensamento positivo quando tudo ia acontecendo.

Mas sim, definitivamente de 2015 a 2019, foram anos realmente difíceis para mim e, como eu disse, houve pontos na minha carreira em que eu realmente acreditei que não havia mais caminho e era o fim da estrada, e principalmente depois de uma lesão. Lutar contra tudo isso foi incrivelmente difícil para mim.”

2021, o ano do título de Moto2

Gardner chegou à última prova de 2021 com uma vantagem de 23 pontos sobre o companheiro de equipe da KTM Ajo Raul Fernandez, e sabia que podia ganhar o campeonato independentemente do que o espanhol fizesse, desde que terminasse a corrida no 13º lugar. Fernandez fez o que tinha que fazer, venceu o Grande Prémio de Valência, mas Gardner também. Apesar de estar cheio de dores nas costas devido a uma forte queda nove dias antes e de se ter qualificado apenas em oitavo, o número 87 ficou entre os 10 primeiros, numa corrida cautelosa e feita de calculadora na mente para chegar ao seu primeiro título mundial.

Gardner fez uma partida razoável antes de uma bandeira vermelha, mas não estava disposto a correr os riscos que outros corriam quando a corrida estava em andamento, e momentaneamente caiu para a 12ª posição. “O meu reinício não foi tão bom na primeira volta mas tentei acompanhar os da frente. Vi que as coisas estavam acessas à minha frente e não me quiz meter na confusão, joguei à defesa.  Mas então fui atacado pelos que vinham atrás de mim e tive que puxar um pouco para me separar um pouco do grupo.

“Tive que puxar um pouco mais forte, apenas para me afastar de Tetsu (Nagashima)”, que fez uma tentativa mal sucedida de passar Gardner para o 11º lugar. “Ele parecia louco mas foi meu companheiro de equipa no passado, conheço-o muito bem, sei como ele pilota, então apenas procurei me afastar um pouco do grupo e terminar a corrida numa posição conveniente. Consegui fazer isso com segurança, manter calmos os meus nervos e, com certeza, foi muita pressão, mas consegui levar o título para casa.”

O título de Remy surgiu 34 anos depois do pai Wayne Gardner ter ganho na classe rainha, o campeonato do mundo de 500cc, e é o segundo para um australiano na classe intermédia depois do triunfo de Kel Carruthers em 1969. Um resultado histórico portanto!

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Ricardo Ferreira
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