Moto2, Portugal, Corrida: Vitória esclarecedora de Pedro Acosta
Se ainda restavam dúvidas sobre o potencial do ‘Tubarão de Mazarron’, estas acabaram reduzidas a pó na primeira corrida do ano de Moto2, hoje disputada no circuito de Portimão, com apenas Aron Canet a conseguir ir no encalce do campeão de 2021 de Moto3.
Com 22 graus de temperatura e um belo dia de sol a iluminar o circuito de Portimão, o Grande Prémio de Portugal de Moto2 tinha na primeira linha o checo Filip Salac (QJ MOTOR Gresini), autor da pole, acompanhado por aqueles que iriam ser os dois principais protagonistas da corrida: Pedro Acosta (Red Bull KTM Ajo) e Aron Canet (Pons Wegow Los40). Duro para a frente e macio atrás, foi a opção de pneus escolhida pela generalidade dos pilotos para a primeira corrida de Moto2 de 2023.
Canet tomou a dianteira da corrida no holeshot , saindo à frente de Salac e Acosta, atrás vinham Vietti, Arenas e Alcoba. Acosta não demorou muito a saltar para líder, passando na linha de meta à frente de Canet e Salac. Em 12º o jovem belga Barry Baltus fazia entretando a volta mais rápida e Celestino Vietti , recebia um Long Lap de penalização, descendo de terceiro para o décimo lugar.
Com 16 voltas para cumprir, o pelotão da classe intermédia era liderado por Pedro Acosta, com Canet praticamente colado. Manuel Gonzalezz liderava o grupo perseguidor, disputando com Tony Arbolino, Albert Arenas e Filip Salac o terceiro posto. Jeremy Alcoba, Darryn Binder, Somkiat Chantra e Jake Dixon completavam o top 10, na frente de Baltus, Sam Lowes e Vietti.
A 12 voltas do final mantinha-se aceso o duelo entre Acosta e Canet pelo primeiro lugar, com Arbolino a liderar agora o grupo perseguidor à frente de Gonzalez e Arenas. Fermin Aldeguer, e Joe Roberts vinham em posições muito recuadas. A 7 voltas do final Acosta entrava na última curva de Portimão com Canet praticamente colado, mas na longa recta de 1 quilómetro da linha de meta o líder conseguia afastar-se – duas décimas separavam os dois primeiros. Alonso Lopez caia a 5 voltas do final na curva 14. Isolado na terceira posição e a 1 segundo dos dois primeiros, Tony Arbolino procurava a aproximação sem o conseguir.
A 3 voltas do final tudo indicava que Pedro Acosta tinha as coisas controladas na posição de líder, Canet não baixava os braços mas não conseguia colocar-se numa posição de ataque ao primeiro lugar. Uma volta depois, o líder estava insuperável, ampliara a distância sobre Canet e Arbolino já estava a mais de dois segundos dos dois primeiros.