Moto2, Pedro Acosta: “Um Mundial ‘amistoso’ não é interessante, os fãs querem é um Márquez x Rossi”

Por a 20 Outubro 2023 21:33

Pedro Acosta conquistou o título de Moto3 com apenas 17 anos, sendo o espanhol mais jovem a consegui-lo. E este ano tem tudo a seu favor para ser campeão da classe intermédia, tendo já assegurado um lugar na classe rainha em 2024.

Há quem o compare a Marc Márquez, mas não vamos por aí. Cada um é cada um, com as suas qualidades e defeitos… pode haver ADN parecidos, mas nunca iguais.

 O piloto de Murcia tem 65 pontos sobre Tony Arbolino e faltam apenas cinco provas para disputar (125 pontos a distribuir). Acosta vem esmagando os seus adversários e já soma sete vitórias nesta temporada. Logo, não nos supreenderia vê-lo a festejar o título mundial de Moto2 na Tailândia, a três jornadas do final.

Pedro Acosta subirá à classe rainha sendo já bicampeão… como o fez Marc Márquez. Em 2024 o espanhol ocupará o lugar de Pol Espargaró na estrutura satélite da marca Mattighofen.

O jovem talento espanhol deu a sua opinião sobre o que falta ao MotoGP neste momento, para envolver ainda mais os fãs dos desportos de duas rodas.

“Sei o que é ser amador, porque há pouco tempo eu não passava de um fã. E o que vou dizer agora é o que gostaria de ver na televisão se ainda fosse amador, disputas cerradas e festejos.  Um Mundial ‘amistoso’ não é interessante, o que as pessoas querem é um Márquez x Rossi. Agora todos são amigos, o relacionamento é bom entre todos… mas as pessoas querem ver batalhas como as de Pedrosa e Lorenzo, de Márquez e Rossi, de Lorenzo com Márquez, Rossi com Biaggi, Rossi contra Sete … os fãs querem é isso. Verstappen é super agressivo na F1 e as pessoas querem isso”, disse Acosta no podcast oficial da MotoGP.

É evidente que Acosta é um piloto com enorme potencial e a isso devemos acrescentar que é carismático. O seu contributo para o MotoGP pode ser muito valioso, porque é um piloto que arrisca e dá show.

“A priori não tenho muitas expectativas para 2024. No ano passado, havia muitas esperanças depositadas quando subi para a Moto2, e o que aconteceu é que sofri muitas quedas porque coloquei muita pressão em mim mesmo. Agora só penso em ir lá, curtir e aprender com Augusto Fernández (que será o seu companheiro de equipa na Tech3 GasGas). Também posso aprender com o Jack Miller, com o Dani Pedrosa, que está mostrando um ótimo nível na KTM e, claro, com o Brad Binder. Pretendo aprender com todos , entender como funcionam a electrónica, os spoilers, a aerodinâmica, aprender tudo desde o início… É um sonho competir no MotoGP e o facto de ter chegado assim é melhor ainda”, concluiu.

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Ricardo Ferreira
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