Moto2, Aki Ajo (KTM): “Há muitos jovens talentos no mercado”

Por a 23 Dezembro 2021 16:33

“O nosso principal objetivo não é desenvolver futuros pilotos de MotoGP”, disse Aki Ajo, cuja equipa  Red Bull KTM conquistou dois títulos mundiais e 20 vitórias em 2021.

Após a temporada de 2018, o proprietário da equipa Red Bull KTM Ajo, transferiu a sua estrela de Moto2 Miguel Oliveira para o MotoGP como vice-campeão mundial da categoria; Brad Binder seguiu em 2020, também como vice-campeão mundial. E após a temporada de 2021, Aki Ajo promoveu de uma assentada os seus dois pilotos, o campeão do mundo Remy Gardner e o vice-campeão Raúl Fernández para a KTM Tech3 Factory Team na classe rainha.

Isso significa que todos os quatro atuais pilotos de MotoGP da KTM passaram pela escola do finlandês de 53 anos, cuja equipa conquistou os dois títulos mundiais (com Acosta e Gardner) e alcançou um total de 20 vitórias nos Grandes Prémios em 2021. Oliveira (3) e Binder (2) também conquistaram todas as cinco vitórias da KTM no MotoGP até ao momento.

Jorge Martin, que ganhou duas corridas do Campeonato do Mundo de Moto2 em Ajo em 2020, também deveria ter competido no MotoGP com a KTM em 2021, mas quebrou o contrato e foi para a Pramac Ducati.

No passado, houve ocasiões em que a KTM também beneficiou de situações contratuais confusas. É por isso que Pedro Acosta foi direcionado para a KTM Ajo, embora estivesse previsto entrar na PrüstelGP. Raúl Fernández também ainda estava vinculado à equipa Aspar de Jorge Martinez quando foi direcionado para Aki Ajo em 2020.

“Se os pilotos têm contratos com a KTM, a fábrica tem o direito de mudar certos planos, isso faz parte do negócio”, disse Ajo em entrevista à Speedweek. “Com o Acosta, tivemos sorte que os seus planos com a PrüstelGP não se concretizaram. Na altura, ficámos contentes por termos encontrado um piloto forte como o Pedro para suceder a Raúl Fernández no campeonato de Moto3 em 2021.”

Sobre a transição para a classe maior o escandinavo disse: “Na verdade, é suficiente desenvolver um piloto de Moto2 por ano na KTM para o MotoGP. Gosto de desenvolver pilotos e há muitos jovens talentos no mercado.  O nosso trabalho é encontrar os melhores talentos e ter sucesso com eles.”

Na próxima temporada, apenas um dos três protegidos de Ajo permanecerá no mesmo lugar que em 2021. Jaume Masia continuará a competir na Moto3, o seu novo companheiro de equipa será Deniz Öncü, que vem da Tech3. Na Moto2, o estreante Acosta terá a companhia do espanhol Augusto Fernandez, que pilotou pela Marc VDS em 2021.

Aki Ajo discorda quando questionado se o seu principal objetivo é treinar novos pilotos de MotoGP para a fábrica da KTM. “Não, essa não é a nossa prioridade, mas sim ter sucesso nas classes de Moto3 e Moto2. Mas parte do projeto é, naturalmente, desenvolver pilotos para o MotoGP ao mesmo tempo ”.

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Ricardo Ferreira
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