Moto2: A pressão de Alex Márquez

Por a 7 Dezembro 2019 14:30

Alex Márquez falou recentemente da sua época vencedora e da pressão das últimas rondas, quando tudo estava ainda em jogo para o seu título de Moto2:

“Não foi fácil, controlar a pressão nesses últimos dias… Estava a um passo do Campeonato, tinha muito a ganhar mas também muito a perder…”

Com 36 pontos de vantagem na Austrália, Luthi ainda tinha uma hipótese matemática de levantar o título, deixando tudo em aberto:

“O nosso plano era arriscar tudo, se caísse ficava a zeros, mas se ganhasse, antecipava o título e OK, decidi arriscar tudo… Na Austrália, foi um fim-de-semana difícil para todos, no dia da corria encontrei-me num grupo em que estava em dificuldade, era difícil controlar o risco…”

Brad Binder viria a vencer, o que queria dizer que na Malásia a seguir, havia não dois, mas 3 pilotos com uma hipótese de levar o título:

“Na Malásia, foi uma questão de esquecer tudo, e tentar fazer o melhor fim-de-semana da época, estive no ritmo do primeiro treino até à corrida e isso deu-me a confiança de que necessitava…”

“Da primeira volta, segui o plano, que era manter a pressão sobre o Binder, bastava segui-lo em pista ara ser Campeão e foi isso que fiz…”

“Era um sonho realizado, e parecia que ninguém me conseguia acordar do sonho, foi um momento mesmo especial…”

Ao mesmo tempo, foi muito especial o significado de que ambos os irmão conquistaram o título na mesma época, situação inédita em todos os anos da MotoGP:

“Claro que ter o melhor exemplo em casa ajudou, especialmente nas corridas na Austrália e Malásia, ele esteve sempre ao meu lado a motivar-me e a tentar ajudar-me e disse mesmo que não me ira dizer nada, para fazer aquilo que sei fazer com a equipa, e acalmar-me e que se gozasse a corrida, tudo correria bem… e foi o melhor conselho que alguém me poderá ter dado!”

A época envolveu algumas decisões que não foram fáceis de tomar com a equipa:

“Cheguei ao Qatar a pensar que estava no meu melhor, mas acabou por não ser nem a minha melhor qualificação, nem a melhor corrida! Era a única Kalex com um pneu duro na frente, convencido que seria o melhor para mim, mas depois percebi que não!”

“Percebi que não era por ali e que precisava de tentar outro caminho e a partir da Argentina, com um pódio, começámos com uma mentalidade nova…”

“Em Jerez, cai na primeira volta, mas quando vi toda a equipa à minha volta a apoiar-me, foi um momento importante… A partir daí, a época começou a correr bem e tudo se encaixou, éramos como uma grande família a lutar por um objetivo comum…”

“Até as quedas me ajudaram, porque me dei conta de que podia cometer alguns erros que me traziam de volta à vida real, a encarar as coisas mais realisticamente…”

“2020, vai ser um desafio, dois irmãos juntos na mesma equipa… Já em miúdos tínhamos corrido juntos nalgumas categorias… A nossa relação não vai mudar, é o meu irmão mais velho e hei-de adorá-lo sempre!”

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Redação
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