Moto2, 2022: Ai Ogura é a ‘promessa japonesa’ para o MotoGP

Após cinco anos modestos no MotoGP, Takaaki Nakagami pode estar em risco de perder o seu lugar na LCR Honda para o talentoso Ai Ogura, o jovem piloto de Tóquio que antes de ingressar nos Grandes Prémios entretia-se a fazer desenhos artísticos para o seu fabricante de capacetes Arai.

Longe vão os tempos em que os pilotos japoneses não só dominavam as classes menores do campeonato do mundo (125 e 250 cc), como também causavam sensação na classe rainha (500 cc). Basta tambrarmo-nos de alguns nomes como Norick Abe, Tadayuki Okoda, os irmãos Aoki, Tohru Ukawa e Daijiro Katoh, que encontraram o seu caminho para a classe rainha.  

Atualmente na segunda posição do campeonato de Moto2, tudo aponta para que Ai Ogura. 21 anos, seja o próximo piloto de MotoGP do Japão. Depois dos sucessos recentes de Ogura na equipa Idemitsu Honda Team Asia do bem sucedido director de equipa Hiroshi Aoyama, o Campeonato do Mundo de MotoGP poderá tornar-se um tema concreto para Ogura mais cedo do que se esperava, antes do início da temporada. Porque o japonês de 21 anos começou a temporada mais forte do que o esperado com dois sextos lugares, um terceiro lugar em Termas de Río Hondo e um segundo lugar no Texas. Ao mesmo tempo, o piloto de fábrica japonês da Idemitsu LCR Honda, Takaaki Nakagami, tem andado muito modesto esta temporada. O proprietário da equipa LCR, Lucio Cecchinello, mostrou muita paciência com Nakagami nos últimos 4 anos. Criticou-o repetidamente por ser um piloto instável, por exemplo, com fases iniciais das corridas sempre muito fracas. Taka não conseguiu terminar no pódio em mais de quatro anos de MotoGP.

A questão de saber se Ogura deve ser transferido da HRC para a “classe premier”, já em 2023, tem ocupado os gerentes do HRC, que estão sob pressão. Porque mesmo o talento excepcional Casey Stoner subiu para a categoria rainha em 2006 sem ter conquistado um título antes, Fabio Quartararo fez o mesmo em 2019. Os ex-adversários de Ogura Raúl Fernández, Di Giannantonio, Bezzecchi e Darryn Binder fizeram o mesmo para a temporada 2021, e Luca Marini após a temporada 2020.

“O ano passado foi difícil, foi a minha primeira época de Moto2 e fiquei um pouco preocupado porque não tinha experiência anterior em motos maiores,” recorda Ogura. “Mas depois de algumas corridas, a sensação era boa, cheguei ao pódio na Áustria e terminei em oitavo na geral. Então foi uma boa temporada. O meu objetivo para este ano é estar entre os 3 primeiros na geral”, disse Ogura antes do início da temporada.

Ricardo Ferreira

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