Mahindra e Aspar em rota de colisão
Parecia ser a grande solução para voltar a colocar a equipa de Valência na rota das vitórias, mas ao que parece os objectivos e desejos de Jorge Martinez não se concretizaram e neste momento o dono da equipa de Valência poderá estar mesmo em rota de colisão com a Mahindra e os objectivos dos indianos, o que poderá colocar um ponto final na ligação entre ambas as partes.
Ao que parece a Mahindra quer que o seu projecto vença num prazo de três a cinco anos, mas a Aspar não tem esse tempo disponível pois necessita de resultados para poder agradar aos actuais patrocinadores – que não são muitos na actualidade – e encontrar através desses mesmos resultados a forma de aliciar novos investidores para a equipa.
Quando assinou com a Mahindra Jorge Martinez via Miguel Oliveira discutir muitas vezes pódios e pensou que com mais desenvolvimento essa poderia ser uma realidade comum para este projecto, mas passou-se exactamente o oposto, pois se no final de 2014 as motos pareciam estar próximas das KTM e Honda, em 2015 a distância foi maior e isso levou mesmo a que o ex-campeão do mundo colocasse algumas condições para que a ligação se mantivesse em 2016, sendo que uma delas foi a de que pudessem contar com um novo motor desenvolvido pela equipa de engenheiros da Suter. A Mahindra acedeu e o moto foi construído, mas depois disso o desenvolvimento do mesmo ficou nas mãos dos técnicos da marca sedeados em Itália e tudo voltou a ser como antes.
“Não temos aceleração na saída das curvas mais lentas; somos lentos na saída dos ângulos. Para compensar isso apenas existe uma solução: ser mais rápido em curva que as Honda e KTM e para o conseguires tens que andar sempre nos limites, o que não é fácil em especial quando o rendimento dos pneus baixa após várias voltas.”
A isto a equipas junta dois pilotos com estilos de condução distintos, onde Francesco Bagnaia consegue esconder um pouco mais as debilidades por força de ser muito rápido em curva ao contrário de Jorge Martin, que gosta de ttravar forte e tarde, sendo mais lento na saída das curvas. Mas a pilotagem de Bagnaia leva-o a estar sempre nos limites e em grupo não é fácil andar dessa forma.
A solução parece ser mesmo que mais tarde ou mais cedo seja anunciado o divórcio entre a Aspar e a Mahindra, faltando apenas saber se a equipa espanhola conseguirá encontrar a forma de se manter no campeonato, seja com Honda ou KTM, as restantes opções no mercado, até porque não é conhecida a vitalidade financeira de outrora na actual vida da formação do ex-campeão do mundo.
Há pois é..o Miguel fazia parecer que aquele charuto, andava..Todos vimos muitas vezes o Miguel a ganhar no miolo do circuito e a perder em reta…