O Campeonato do Mundo ENEL de MotoE volta à vida em Le Mans, com Zaccone a chegar à frente e um português pela primeira vez ao barulho
“Foi muito bom sentir que evoluí e mal posso esperar pela próxima corrida!” André Pires, Avintia ENEL GALP
Depois de um Round 1 com muitas emoções e algumas quedas no Campeonato do Mundo de Motos elétricas, já é tempo de a grelha voltar, desta vez em Le Mans. Chegando à frente após a sua primeira vitória eléctrica está Alessandro Zaccone (Octo Pramac MotoE), que transformou a velocidade consistente numa impressionante carga de domingo, e o palco está preparado para a segunda ronda no Shark Grand Prix de France.
Zaccone estará definitivamente no radar de todos depois do seu impressionante fim-de-semana em Jerez, mas Le Mans poderá ser mais difícil.
Olhando para a Conferência de Imprensa pós-corrida, o italiano explicou que a Taça 2020 tinha sido um desafio com as condições mistas que realmente dificultaram aqueles que, como ele, nunca tinham andado em Le Mans antes. Com apenas seis ou sete voltas antes da E-Pole e depois da corrida, era pedir muito.
O concorrente de 2020 Dominique Aegerter (Dynavolt Intact GP), segundo classificado em Jerez, estará certamente mais uma vez na frente, e o piloto suíço tem muita experiência no local apesar de alguma má sorte no ano passado na Corrida 1 e um quarto na Corrida 2.
Jordi Torres (Pons Racing 40), entretanto, venceu a primeira corrida de MotoE em França antes de um sólido sexto lugar na Corrida 2 para levar a Taça para casa.
Depois de começar a temporada no pódio, ele está ansioso por mais no que tem sido até agora um campo de caça feliz em MotoE.
Por incrível que pareça, é também o único piloto da grelha que regressa este ano e que já tem um pódio em Le Mans na série.
Do outro lado da moeda, Eric Granado (One Energy Racing) procurará recuperar. Mais uma vez o homem mais rápido em pista e a fazer um espectáculo impressionante em E-Pole, o desastre atingiu o brasileiro no dia da corrida, quando escorregou para fora da liderança.
No entanto, a sua velocidade era evidente, por isso, poderá Le Mans vê-lo a recuperar? O ano passado não foi o seu melhor local, mas velocidade consistente em vez de recordes de volta é o que ele vai procurar… será que a sua velocidade menos dominante em Le Mans até agora pode funcionar em seu proveito?
Mesmo à saída do pódio, Mattia Casadei (Ongetta SIC58 Squadra Corse) deu um passo em Jerez, mas continuará à procura de mais, assim como Matteo Ferrari (Indonesian E-Racing Gresini MotoE), vencedor da Taça 2019, embora este último tenha saído da parte de trás da grelha depois de ter ultrapassado os limites da pista em E-Pole e levado para casa em sexto lugar.
Dito isto, o homem que acabou de passar a Ferrari para quinto lugar foi o estreante Miquel Pons (LCR E-Team). Pons, após algumas actuações impressionantes na pré-temporada, teve um primeiro fim-de-semana mais silencioso até domingo, quando subiu para completar os cinco primeiros e depor o estreante Fermin Aldeguer (Openbank Aspar Team) como estreante de topo. Será que Aldeguer, que começou da primeira fila antes de ele e Lukas Tulovic (Tech 3 E-Racing) se despistarem juntos em Jerez, pode voltar em Le Mans?
Hikari Okubo (Avant Ajo MotoE) também fez uma sólida corrida de estreantes em sétimo e vai querer mais, antes de um passo à frente de Andrea Mantovani (Indonesian E-Racing Gresini MotoE) no Round 1.
Maria Herrera (Openbank Aspar Team) também fez alguns progressos, apesar de depois ter ido direta para uma cirurgia no braço.
Ela bateu Yonny Hernandez (Octo Pramac MotoE), mas Hernandez tem alguma experiência séria na pista, tendo estado no pódio na corrida de 24 horas em 2019.
Isso funcionou bem para os finalistas do pódio de MotoE do ano passado, Mike di Meglio e Josh Hook.
Quanto a André Pires, é outra pista desconhecida, mas o piloto de Vila Pouca de Aguiar descobriu como andar muito mais rápido no final da última corrida e vai querer começar onde ficou, aproximando-se mais dos tempos da frente.
Após uma partida difícil em Jerez, o Campeonato do Mundo de MotoE da FIM Enel já está a ser recarregado para mais.
