Quinta visita do Mundial de MotoGP ao circuito das Américas quinta vitória consecutiva de Marc Márquez no traçado texano, igualando o registo que já ontem havia alcançado então no número de poles. Contudo engane-se quem pensa que esta caminhada foi sempre em forma de passeio para o atual campeão do mundo.
Isto porque a primeira fase da corrida teve em Dani Pedrosa o seu líder, que saltou para esta posição logo após o arranque. Numa forma que há muito já não se via, quem sabe se não são já os efeitos do conselheiro Sete Gibernau, o piloto da Honda foi aguentando o seu colega de equipa, Marc Márquez, e chegou mesmo a lutar mano a mano pela primeira posição. Contudo a força de Márquez acabou por prevalecer. A partir daí o tricampeão do mundo de MotoGP foi embora com um ritmo muito constante, que permitiu garantir a sua primeira vitória do ano e colocar em definitivo para trás o abandono há 15 dias em Termas de Río Hondo.
Sem capacidade para seguir no ritmo de Marc Márquez, Dani Pedrosa, que se debateu com problemas no pneu dianteiro, também não resistiu ao ataque de Valentino Rossi, terminando a corrida num amargo terceiro lugar. Quanto a Rossi foi segundo e somou o terceiro pódio do ano, sendo o único piloto que terminou no pódio todas as corridas realizadas. Não obstante ter sido penalizado em 0.3s no seu tempo final devido ao ‘incidente’ com Johann Zarco na curva 4, onde os comissários entenderam que o italiano cortou caminho e ganhou vantagem com essa situação. O fim de semana terminou da melhor forma para o experiente piloto da Yamaha, que saltou para o topo do campeonato, depois do anterior líder, Maverick Viñales, ter abandonado nas primeiras voltas da corrida devido a queda quando rodava em quarto.
O quarto lugar ficou para Cal Crutchlow, que pelo segundo Grande Prémio consecutivo foi o melhor piloto satélite em competição. O irreverente britânico conseguiu esta posição após ter superado Johann Zarco, que voltou a realizar uma boa corrida sendo o quinto apesar de na segunda metade da prova ter claudicado um pouco.
Seguiu-se Andrea Dovizioso que com uma prova em solitário foi o melhor piloto da Ducati. Andrea Iannone foi sétimo e o melhor homem da Suzuki terminando na frente de Danilo Petrucci, que no final aos comandos de uma Ducati Desmosedici GP17, mas da privada Pramac Racing, superou Jorge Lorenzo. O piloto da Ducati, que partiu da sexta posição, nas primeiras voltas ainda rodou neste lugar, mas depois mostrou não ter ainda ritmo para seguir os pilotos mais fortes e com o desenrolar da corrida foi perdendo posições na classificação geral. Mesmo assim depois de ontem ter obtido a sua melhor qualificação ao serviço da Ducati, Lorenzo conseguiu no circuito das Américas até ao momento o seu melhor resultado em corrida a comandar uma moto da casa de Borgo Panigale.
Nota ainda para o positivo 10º lugar de Jack Miller e para o facto da KTM ter ficado em branco desta feita com Bradley Smith a ser apenas 16º e Pol Espargaró a não terminar. Corrida para esquecer também para a Aprilia, que pelo segundo Grande Prémio consecutivo ficou em branco. Nesta fase, Sam Lowes é mesmo o único piloto que ainda não somou qualquer ponto.
A próxima ronda do Mundial é o Grande Prémio de Espanha, que irá decorrer em Jerez de la Frontera entre os dias 5 e 7 de maio.
